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Organizações indígenas conveniadas contestam novo modelo de saúde indígena

Site do ISA-Socioambiental.org-São Paulo-SP
29 de Fev de 2004

Na sexta-feira (27/2), representantes das associações indígenas conveniadas à Funasa, reunidos com o presidente da órgão federal, rechaçaram o autoritarismo com que o processo foi conduzido e contestaram a forma como o governo decidiu fazer alterações, sem considerar a experiência e avanços acumulados com a participação de povos e organizações indígenas.

O novo modelo de saúde indígena proposto pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa) continua dando pano para manga. A primeira organização a não aceitar o novo modelo foi a Urihi - Saúde Yanomâmi, que rompeu o convênio com o governo.

Na sexta-feira à tarde, 27/2, depois de reunião em Manaus com o presidente do órgão federal, Valdi Camarcio Bezerra, as organizações conveniadas, entre elas, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), Conselho Indígena de Roraima (Cir), Coordenação da União das Nações e Povos Indígenas de Rondônia, Norte de Mato Grosso e Sul do Amazonas (Cunpir), Conselho Geral da Tribo Ticuna (CGTT), Conselho Indígena do Vale do Javari (Civaja) e União das Nações Indígenas de Tefé(Uni - Tefé),divulgaram documento no qual lamentam que a Funasa não tenha discutido com as organizações índígenas as definições dos rumos corretos da política de saúde indígena do atual governo.

Também ressaltam que não assumirão sozinhas a culpa por deficiências e falhas dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), já que a Funasa não cumpriu integralmente o papel que lhe cabia. Na carta, as organizações indígenas estranham ainda que as críticas da Funasa sejam dirigidas somente a elas e não às prefeituras, que cometem "graves erros na administração e gerenciamento dos recursos destinados à saúde indígena". Leia aqui a íntegra do documento

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