VOLTAR

Operação vasculha 5 mil km de fronteira

Folha de Boa Vista - http://folhabv.com.br/
Autor: Vanessa Lima
03 de Mai de 2012

O comando da 1ª Brigada de Infantaria de Selva anunciou ontem a deflagração da operação Ágata 4 na região Norte. A ação é realizada pelas Forças Armadas com apoio de órgãos federais e estaduais nos cinco mil quilômetros de faixa de fronteira do país com a Venezuela, Suriname, Guiana Francesa e Guiana.

Durante a operação, prevista para ocorrer até o dia 17 de maio, serão intensificadas as ações de combate aos ilícitos transfronteiriços e ambientais. Serão realizadas operações de combate ao tráfico de drogas, garimpo ilegal, contrabando, desmatamento, comércio ilegal de madeira e demais crimes ambientais.

Além dos trabalhos preventivos e de repressão, serão desenvolvidos atendimentos de saúde cívico-sociais, como atendimento médico, odontológico e recreativo junto às comunidades ribeirinhas, indígenas e de fronteira.

"Intensificaremos a presença do Estado Brasileiro junto a faixa de fronteira. Com essa presença maior das Forças Armadas e demais agências nós conseguiremos fazer uma ação mais efetiva", destacou o comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, general José Luiz Jaborandy.

Ao todo, mais de oito mil militares estarão envolvidos na operação Ágata 4, uma iniciativa do Ministério da Defesa. Fazem parte das ações a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Fundação Nacional do Índio (Funai), entre outras.

A maior parte da operação em Roraima ocorrerá dentro das terras indígenas, onde um dos principais problemas é o garimpo ilegal. O coordenador regional da Funai, André Vasconcelos, informou que o órgão compõe as equipes técnicas de apoio nas ações nos locais onde estão as bases: em Pacaraima, Uiramutã, Bonfim e em São Luiz do Anauá. "Existe uma equipe com esforços concentrados na Terra Indígena Yanomami", disse.

O superintendente da Abin em Roraima, Fábio Pimentel, explicou que a unidade de inteligência trabalhou na parte de levantamento de dados que irão apoiar na atuação dos órgãos envolvidos. "As equipes, quando forem atuar, já vão direcionadas para determinadas regiões para agir em determinados fatos", informou.

Durante a Operação Ágata, aeronaves da Força Aérea Brasileira irão patrulhar os céus da região Norte em busca de voos ilícitos e de pistas clandestinas, além de apoiar a ação do Exército, da Marinha, da Polícia Federal e de diversas instituições do Governo Federal.

OPERAÇÃO - Em 8 de junho de 2010, a presidente Dilma Rousseff lançou o Plano Estratégico de Fronteira (PEF), coordenado pelo vice-presidente Michel Temer. A partir dessa iniciativa, foi criada a Operação Ágata, sob controle do Ministério da Defesa. Possui caráter interagências e não se enquadra como uma ação típica de defesa.

Ano passado foram realizadas três operações Ágatas. Elas começaram na fronteira da Colômbia até Tabatinga. Depois, cobriram a área da fronteira do Paraguai, Argentina e Uruguai. Por último, abrangeram as fronteiras do Paraguai e da Bolívia.

Nesta edição da operação, os trabalhos tiveram início pela faixa de fronteira Arco Norte, que inclui os estados de Roraima, Amazonas, Amapá e Pará e está sob o comando do general de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Boas, chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA).

Está prevista em uma data ainda a ser confirmada a visita do vice-presidente Michel Temer nas áreas da operação Ágata 4 em Roraima.

http://folhabv.com.br/noticia.php?id=128638

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.