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Operação Pampa-Urunday embarga 15,7 hectares no bioma Pampa

IBAMA - http://www.ibama.gov.br/
Autor: Maria Helena Firmbach Annes
24 de Nov de 2011

A operação de fiscalização Pampa-Urunday, realizada durante seis dias no bioma Pampa e encerrada em 18/11, resultou em 15,7 ha de áreas embargadas; 27 autos de infração; 19 fornos de carvão destruídos e R$ 270,3 mil em multas. Também foram apreendidos um trator e um caminhão e sete motosserras. Durante seis dias, 12 agentes do Ibama/RS, em ação conjunta com quatro servidores do Departamento de Florestas e áreas Protegidas da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (DEFAP/SEMA), vistoriaram carvoarias ilegais no bioma Pampa, nos municípios de Santiago, Itacurubi, Unistalda, Bossoroca e arredores.

De acordo com o chefe da Divisão de Controle e Fiscalização, Régis Fontana Pinto, 29,41 metros de carvão (mdc) e 100 estéreis (st) de lenha foram doados ao Exército Brasileiro. No total, 111,69 mdc e 225,90 st de lenha foram apreendidos. Também foram doados ao Exército 100 litros de diesel e 150 litros de gasolina apreendidos. "A doação foi sumária, devido ao risco de perecimento dos bens", justifica Régis.

Segundo o analista ambiental, durante a operação, foram constatados vários tipos de infração, que originaram o valor final da multa Entre os principais, estão: funcionar carvoaria em desacordo e/ou sem licença do órgão competente (artigo 66 do Decreto 6.514/2008, que regulamenta a Lei dos Crimes Ambientais); manter em depósito lenha e/ou carvão sem cobertura de Documento de Origem Florestal (DOF) - (artigo 47 do decreto 6.514/2008); apresentar informação omissa no DOF, ou seja, quando se encontra crédito de lenha e carvão no sistema DOF mas, fisicamente, eles não são encontrados no pátio (artigo 82 do decreto 6.514); portar motosserras sem licença de porte e uso (artigo 57 do mesmo decreto); e desmatamentos diversos (incluídos em vários artigos, conforme a configuração da área e o tipo de corte realizado).

De acordo com Régis Fontana Pinto, o corte de pau-ferro sem licença é infração ambiental. Muitos dos infratores se utilizavam de licenças expedidas para a finalidade de descapoeiramento (corte de espécies em estágio inicial de regeneração) e/ou limpeza de campo (corte de vegetação herbácea) para acobertar o corte de árvores de médio e grande porte, entre elas o pau-ferro, espécie ameaçada de extinção, conforme a Lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no RS (decreto estadual 42.099/2002). Ele também acrescenta que a espécie pau-ferro (Astronium balansae), também chamado naquela região de Urunday, tem sido extraído para ser utilizado em mourões e palanques e uma parte termina indo para os fornos.

"Também, encontramos muita aroeira, espinilho e branquilho, entre outras espécies nativas cortadas ilegalmente". De acordo com o chefe da DICOF, os órgãos de fiscalização chegaram aos infratores por meio de informações da Divisão Técnica do Ibama/RS e de denúncias registradas no DEFAP, além de informações do sistema DOF e sobrevoos de helicóptero do Ibama, este último "a ferramenta principal do trabalho".

http://www.ibama.gov.br/publicadas/operacao-pampa-urunday-embarga-157-h…

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