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OPERAÇÃO METÁSTASE - Levino diz que não ordenou despesas na Funasa

Folha de Boa Vista
29 de Out de 2007

Em entrevista exclusiva à Folha, ontem à noite, após deixar a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, o secretário de Saúde de Boa Vista, Namis Levino, disse que retoma hoje suas atividades normais e que todas as suspeitas de irregularidades contra si foram devidamente esclarecidas, razões pelas quais a Justiça acatou seu pedido de revogação de prisão temporária.

Com mandado de prisão expedido pela Justiça Federal na Operação Metástase, desencadeada na última quinta-feira, Levino se apresentou espontaneamente à Polícia Federal sábado à tarde, colaborou com as investigações e disse tudo o que sabia sobre os fatos.

No pedido de revogação, Levino informou que permaneceu apenas 12 dias à frente da chefia do Distrito Sanitário Leste, em setembro de 2005, e detalhou que "nesse curto período não praticou nenhum ato referente à licitação, contratação ou pagamento".

"O período que fiquei à frente da coordenação foi muito curto e não me permitiu ter a responsabilidade que me tentou ser imputada. Eu não fui ordenador de despesa, não autorizei nenhum tipo de pagamento que pudesse ser considerado irregular, e não coordenei nenhum processo licitatório, não estando comprovada nenhuma participação minha no teor das acusações", afirmou.

O secretário acrescentou ainda que não houve nenhuma interceptação telefônica que pudesse ser considerada suspeita de alguma ilicitude. "Baseados nestas alegações, foi expedido o alvará de soltura, por não haver provas que deponham contra minha pessoa. Estou feliz, retorno normalmente ao trabalho, mas continuo à disposição da Justiça para todos os esclarecimentos e procedimentos".

O juiz Hélder Girão Barreto determinou no final da tarde de ontem a soltura de Levino, seguindo a manifestação favorável do Ministério Público Federal (MPF) à revogação da prisão temporária.

Em sua decisão, o magistrado descreve que o MPF reconhece que "não fica muito clara a participação dele no esquema investigado". O caso é acompanhado pelo procurador da República Ageu Florêncio da Cunha.

Hélder Girão destaca ainda que no parecer do MPF consta que Levino sequer "foi alvo da interceptação telefônica, vez que não fez necessário investigá-lo neste sentido, em virtude do curto exercício de suas atividades na Funasa".

Em suas considerações, o juiz frisou que "a apresentação espontânea e a colaboração efetiva para o esclarecimento dos fatos" pesaram na concessão do alvará de soltura.

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