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Operação emergencial retira lixo de Noronha

OESP, Vida, p. A13
31 de Jan de 2012

Operação emergencial retira lixo de Noronha
No total, 1,8 mil toneladas serão levadas para o continente; licitação da empresa responsável pela coleta e transporte dos resíduos está suspensa

MONICA BERNARDES , ESPECIAL PARA O ESTADO / RECIFE

Cerca de 1,8 mil toneladas de lixo - resíduos sólidos produzidos por moradores e turistas ao longo dos últimos quatro anos - serão retiradas do arquipélago de Fernando de Noronha e levadas até o continente. A primeira parte do carregamento, com cerca de 327 toneladas, chegou ontem de balsa ao Porto de Suape, em Pernambuco. A medida visa à manutenção do equilíbrio ambiental do local, de acordo com a administração da ilha.
A ação deverá durar de 30 a 40 dias e envolverá cinco caminhões e quatro guindastes, além de uma balsa oceânica de 45 metros, que é guiada por um rebocador de alto-mar e pode transportar até 1,5 mil toneladas. O serviço é feito 24 horas por dia e envolve pelo menos 30 pessoas. Os resíduos estão sendo divididos de acordo com sua composição: plástico, papelão ou metal.
No desembarque, um guindaste e 28 caminhões ajudaram a transportar os 900 sacos de lixo que serão levados a um aterro sanitário no município de Jaboatão dos Guararapes.
A opção pelo envio dos resíduos ao continente, em caráter de emergência, aconteceu porque a licitação para a escolha da empresa que coleta e retira o lixo da ilha enfrenta problemas de ordem técnica e está paralisada, aguardando pareceres do Tribunal de Contas do Estado e da administração local.
Segundo o diretor de infraestrutura do arquipélago, Gustavo Araújo, não há risco de colapso do sistema de coleta. "Estamos trabalhando para garantir que não haja maiores problemas para o meio ambiente, moradores e turistas. Nossa decisão por iniciar a retirada em caráter de emergência aconteceu porque chegamos perto do limite prudencial em nosso depósito."
O trabalho de remoção e envio dos resíduos sólidos é acompanhado por técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em Fernando de Noronha, apenas o lixo orgânico, que vira adubo, e o vidro, que se transforma em pó usado na construção civil, são tratados. A ilha tem cerca de 3,4 mil moradores que, junto com os 700 visitantes autorizados a entrarem no local, produzem, por dia, 7 toneladas de lixo.

OESP, 31/01/2012, Vida, p. A13

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