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Operação em fronteira combate o tráfico e o desmatamento no AM

D24AM - http://www.d24am.com
Autor: Larissa Veloso
08 de Ago de 2011

Em apenas três dias, a Operação Ágata 1 resultou na prisão de dois narcotraficantes, a apreensão de 300 quilos de cocaína na região de Anamã, além de uma tonelada de produtos piratas em Tabatinga e um carregamento de peixes ornamentais em São Gabriel da Cachoeira. A operação é uma ação conjunta das Forças Armadas Brasileiras e órgãos estaduais e federais para combater o tráfico e agressões ao meio ambiente nos mais de 1.600 quilômetros de fronteira da Amazônia brasileira com a Colômbia.

Considerada a maior da região realizada neste ano, a operação, que conta com o apoio do País vizinho, faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras, comandado pelos Ministérios da Justiça e Defesa, e lançado pelo Governo Federal em junho passado. A intenção, segundo o vice almirante Antonio Carlos Frate, comandante do 9 Distrito Naval, é aumentar a presença do Estado na região de forma sistemática, mesmo após o término da operação, para inibir a ação de narcotraficantes.

De acordo com o comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA), general Luis Carlos Mattos, a operação já alcançou os principais objetivos, que se baseiam no fortalecimento da prevenção, controle, fiscalização e repressão de ações de criminosos, especialmente narcotraficantes, na região. São 3.500 homens das Forças Armadas, Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Força Nacional de Segurança (FNS) e Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Além das mercadorias, a operação busca pistas clandestinas usadas por contrabandistas, garimpos ilegais, extração irregular de madeira e pesca ilegal. De acordo com o superintendente do Ibama, Mário Lúcio Reis, pelo menos três garimpos foram detectados em afluentes do Rio Negro, no entorno de São Gabriel da Cachoeira e um carregamento de peixes ornamentais, entre eles alevinos de aruanã negra, espécie particular do Rio Negro e de alto valor comercial. "A carga está retida até termos a confirmação de que a pesca é ilegal", informou Reis.

O programa visa ainda a prisão de narcotraficantes atuantes na região, com dezenas de mandados de busca e apreensão, tanto pela Justiça Estadual, quanto pela Federal, segundo o superintendente da PF, delegado Sérgio Fontes. Para não interferir nas buscas, nenhum nome foi divulgado.

Treinamento e atendimento

Apesar de não informar valores gastos com a operação, o comandante Luis Carlos Mattos afirmou que o investimento chega a casa de milhões. Parte do gasto é justificada pelo treinamento de pessoal, que também é feito durante a operação, de acordo com o coronel José Maurilo Machado, comandante do 444 Grupo da Força Aérea Brasileira. São 35 aeronaves de caça, asas rotativas, transporte e reconhecimento direcionadas para a operação.

Já a Marinha do Brasil entra com navios-patrulha em várias regiõesm e pelo menos dois navios-hospitais no alto Rio Negro e no alto Solimões, nas proximidades de São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga. "Em algumas dessas regiões sequer existem hospitaism e a população é atendida nos hospitais do exército. Estamos entrando com essa parte para dar o auxílio necessário à população local", informou o comandante do 9 Distrito Naval, Antonio Carlos Frate. "A vantagem da operação ser feita em conjunto com vários órgãos é que podemos atuar levando benefícios à comunidade", completou.

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