Ibama
09 de Out de 2007
Ibama, Instituto Chico Mendes, Justiça Federal e Polícia Federal, em uma operação conjunta, notificaram a empresa Amazônia Projetos Ecológica Ltda, do Grupo C R Almeida a desocupar uma área de mais de um milhão de hectares, nos municípios de Altamira e São Félix do Xingu. A operação foi montada para cumprir mandado da Justiça Federal em Altamira, que determina também a recomposição das áreas pela empresa. Na área está para ser decretada a criação da Reserva Extrativista do Médio Xingu.
A equipe do Ibama e Instituto Chico Mendes aproveitou a operação, realizada entre os dias 17 e 21 de setembro, para fazer o monitoramento no entorno das Unidades de Conservação da região: a Estação Ecológica da Terra do Meio e o Parque Nacional da Serra do Pardo. Foram lavrados três Autos de Infração e constatadas ocupações tanto no entorno das UCs como na área desocupada pela Justiça, com desmatamentos de grandes proporções que segundo a equipe, estariam ocorrendo como especulação, devido a possíveis indenizações pela criação da Reserva Extrativista, e pela Hidrelétrica de Belo Monte, em estudo.
Segundo integrantes da equipe, a devastação é visível e são necessárias ações de fiscalização constantes na região, bem como a assinatura urgente do decreto para a criação da Resex do Médio Xingu, caso contrário, não só o meio ambiente estará ameaçado, mas a vida e a cultura da população tradicional residente.
O gerente executivo do Ibama em Altamira, Roberto José Scarpari, avalia que a decretação da criação da Resex do Médio Xingu completa um mosaico de Unidades de Conservação, instrumento estratégico para a manutenção da ordem ambiental e fundiária, inibindo a ação de grileiros e especuladores na região; segundo Scarpari, casos como o da Amazônia Projetos Ecológicos são expressão da forma como atua a grilagem em tempos de mundo globalizado, mas a sociedade dispõe de meios para combater ilícitos deste naipe.
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