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Operação acaba com armadilhas e pesca predatória na APA Guapimirim

Inea/RJ - www.inea.rj.gov.br
08 de Jun de 2010

Vários currais construídos ilegalmente para captura de peixes foram retirados da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, em blitz ecológica deflagrada hoje (08/06) pela Secretaria Estadual do Ambiente. A ação, acompanhada pela secretária Estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, foi coordenada pela Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais), com apoio do Batalhão Florestal, do GAM (Grupamento Aeromarítimo) da Polícia Militar e de fiscais da APA Guapimirim.

A construção de currais (espécie de armadilha) para a captura de peixes é uma prática legal ainda que seja em áreas protegidas. No entanto, os currais encontrados na APA de Guapimirim nesta terça-feira foram construídos com madeira de mangue, o que configura crime ambiental. A ação também teve por objetivo coibir a prática da pesca com a utilização de apetrechos profissionais, o que também é ilegal.

- Embora já esteja enraizada na cultura dos pescadores artesanais da região, os currais são considerados predatórios porque foram construídos em grande quantidade e praticamente um atrás do outro, o que agrava também o assoreamento dos rios. Estima-se que haja pelo menos 500 deles no fundo da Baía de Guanabara - afirmou Marilene Ramos.

O ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou a importância da ação para a preservação do mangue.

- O mosaico é uma composição de várias unidades de conservação que compõem uma área total e importante. Uma das atribuições do mosaico é a fiscalização conjunta, envolvendo as esferas municipal, estadual e federal. Então, esta é a primeira grande operação no mosaico central fluminense com a finalidade de reprimir crimes ambientais e a primeira grande ação em mangue. Este manguezal é o que sobrou da Baía de Guanabara e deve ser preservado - destacou Minc.

Para o coordenador da Cicca, coronel José Maurício Padrone, o que mais preocupava os ambientalistas e administradores da APA era que o poder público não tinha meios para obrigar os pescadores a confeccionar os currais de acordo com as especificações. "A operação visa a conscientizar os pescadores a trabalharem de acordo com os critérios do ordenamento pesqueiro para acabar com a exploração ilícita de madeira do mangue", disse ele.

A APA de Guapimirim foi criada em setembro de 1984 e abrange uma área de 13.961 hectares (44% de manguezal), incluindo os municípios de São Gonçalo, Guapimirim, Magé e Itaboraí. Essa APA é um paraíso ecológico no recôncavo da Baía de Guanabara com os últimos remanescentes de manguezal da baía.

Segundo o chefe da APA Guapimirim, Breno Herrera, a idéia é fazer um cadastramento dos pescadores junto às colônias de pescadores. O objetivo é orientá-los a substituir a madeira de mangue por bambus e eucaliptos na construção desses currais.
- Essa prática é legítima, mas não queremos que seja predatória - acrescentou.

http://www.inea.rj.gov.br/noticias/noticia_dinamica1.asp?id_noticia=854

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