VOLTAR

ONGs criticam ministro por atraso em óleo diesel mais limpo

FSP, Cotidiano, p. C4
20 de Ago de 2008

ONGs criticam ministro por atraso em óleo diesel mais limpo
Abaixo-assinado será entregue a Carlos Minc (Meio Ambiente) na próxima terça

Afra Balazina
Da reportagem local

O Movimento Nossa São Paulo critica o Ministério do Meio Ambiente por negociar um acordo que adiará a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente que determina o uso de um diesel mais limpo no país a partir de 2009.
A entidade diz que o acordo representará prejuízo à saúde e ao ambiente. Para tentar evitar que isso ocorra, um abaixo-assinado foi elaborado pelo movimento junto com outras ONGs, como Instituto Akatu, Greenpeace e SOS Mata Atlântica.
Até agora, o documento tem cerca de 800 adesões. Ele será entregue ao ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) na próxima terça-feira.
Hoje, o diesel no Brasil possui, em geral, 2.000 ppm (partes por milhão) de enxofre. Nas zonas metropolitanas, tem 500 ppm. A resolução exige que a concentração do poluente caia para 50 ppm. Nos EUA e na Europa, ela está em 10 ppm.
Segundo o abaixo-assinado, o atraso no cumprimento da resolução pode resultar em "responsabilização civil, penal e administrativa". Apesar de a meta ter sido fixada em 2002, as empresas e a Petrobras alegam que não há tempo hábil de colocar o diesel limpo e novos motores, adequados ao combustível, no mercado.
Para Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo, o tempo não pode ser usado como desculpa. Ele defende que se importe diesel e motores.
A secretária nacional de Mudança Climática, Suzana Kahn Ribeiro, diz que aguarda novas propostas das empresas para verificar a possibilidade de acordo. Ela é favorável a pular a fase Euro 4 (50 ppm de enxofre) e ir direto para a Euro 5 (10 ppm) em 2011. Mas ressalta que são necessárias metas intermediárias, como fornecer diesel 500 ppm para o Brasil todo.

FSP, 20/08/2008, Cotidiano, p. C4

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.