VOLTAR

ONG quer público de olho no aquecimento

OESP, Vida, p. A24
24 de Ago de 2006

ONG quer público de olho no aquecimento
Projeto tenta chamar atenção para efeitos da mudança climática no País.

Mais informações no site Estadão

Cristina Amorim

A organização ambientalista Greenpeace lança nesta semana uma campanha para tentar envolver a população no debate sobre mudanças climáticas - o que, dizem, já influencia negativamente a vida de milhares de brasileiros, com secas e tempestades inesperadas.

A campanha é formada por um relatório, uma exposição de fotos e um documentário - meio nos moldes do An Inconvenient Truth, filme protagonizado pelo político americano Al Gore sobre mudanças climáticas, que virou febre nos Estados Unidos.

A versão nacional não conta com políticos, mas com cientistas brasileiros, e do mais alto calibre. Eles validam a tese da organização ambientalista com um compêndio de pesquisas, depoimentos e fatos sobre o clima no mundo e no Brasil e suas alterações recentes causadas pela atividade humana, como a queima de combustíveis fósseis.

Na relação, estão a seca excessiva na Amazônia em 2005, quando rios caudalosos secaram completamente, a desertificação do semi-árido, estiagens prolongadas e tempestades como o Catarina, que arrasou centenas de casas na Região Sul.

Nem todos os eventos descritos no relatório foram rigorosamente relacionados pela ciência ao aquecimento global. Mas, diz o Greenpeace, assim serão com o agravamento da situação. "Gostaria muitíssimo de ver provado que estamos errados, que não somos vulneráveis às mudanças climáticas. Mas não é o que esperamos, infelizmente", diz Marcelo Furtado, diretor de campanhas na ONG.

O material será levado a dez capitais, além de pequenas cidades mais vulneráveis a eventos climáticos extremos. Furtado espera que a população cobre do governo uma plataforma ambiental que contenha planos de ação para as populações fragilizadas pela situação futura.

OESP, 24/08/2006, Vida, p. A24

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.