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Obesidade indígena preocupa profissionais de saúde do Amazonas

A Crítica (AM) - http://acritica.uol.com.br
Autor: Florêncio Mesquita
21 de Set de 2011

Profissionais de saúde que atuam em Dseis querem melhorar alimentação da população indígena do Amazonas

O consumo cada vez mais frequente de alimentos industrializados pela população indígena do Amazonas é responsável por 1% a 2% do índice de obesos e desnutridos nas aldeias. Crianças e mulheres grávidas são as mais atingidas no quadro das doenças. O consumo de refrigerante, açúcar, biscoitos recheados e alimentos com gordura industrializada está entre os principais vilões do sobrepeso nas aldeias, segundo o Distrito Sanitário Especial Indígena de Manaus (Dsei).

Embora pontual, o índice de doenças causadas pelos alimentos industrializados tem sido constante nos últimos anos. Para a nutricionista do Desei/Manaus, Camila Novelleto, as ocorrências de desnutrição e obesidade são frequentes por conta da proximidade das aldeias indígenas com os grandes centros como, por exemplo, Manaus. "A proximidade facilita o acesso, introdução e o consumo dos alimentos industrializados nas aldeias, além de intensificar os hábitos não indígenas", disse. Apenas perto da capital amazonense existem 19 municípios com aldeias indígenas que totalizam uma população de 24 mil índios. Todos são coordenados pelo Dsei/Manaus, cuja área de cobertura se estende da região metropolitana da capital ao Centro-Leste do Estado. Entre os 19 municípios existem 16 polos de atenção à saúde indígena que servem de referência para as demais aldeias.

Para a nutricionista da Secretaria Especializada de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde, Clara Araújo, a ocorrência de doenças comuns no meio urbano, nas aldeias indígenas, acontece em todo o país. Segundo ela, o problema tem sido combatido com inserção de profissionais de nutrição nos Dseis, Casas de Saúde Indígena (Casais) e nas próprias aldeias. Ela ressalta que uma das preocupações do trabalho de orientação e acompanhamento é não conflitar a medicina científica com a medicina tradicional dos índios. No entanto, Clara revela que o trabalho tem mostrado bons resultados, principalmente na redução dos índices de índios obesos e desnutridos.

Ao contrário das outras regiões do país, o trabalho no Amazonas, segundo Clara, é mais difícil em função das barreiras geográficas. Clara revela que algumas comunidades são distantes e as equipes de enfermeiros, nutricionista e agentes de saúde levam dias, em barcos e aviões, para chegar ao destino.

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