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OAS vira sócia da usina de Belo Monte

OESP, Economia, p. B1
13 de Jul de 2010

OAS vira sócia da usina de Belo Monte
Sociedade encarregada da hidrelétrica será oficializada hoje com seis empresas que não estavam no consórcio vencedor da licitação

Leonardo Goy

A construtora OAS estará entre as sócias da Sociedade de Propósito Específico (SPE) que vai construir e administrar a usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A informação é do diretor de Engenharia e Construção da estatal Chesf, José Ailton, que preside o consórcio Norte Energia, vencedor do leilão da usina.
Apesar da entrada da oitava construtora no grupo de sócios, a participação de empresas do setor na empresa que tocará a usina vai cair de 40% para cerca de 12,5%, segundo o executivo.
A diluição da participação das construtoras era esperada. Pelas regras do edital do leilão, realizado em abril, empreiteiras e empresas de engenharia poderiam ter no máximo 20% da SPE a ser criada pelos vencedores.
Representantes do Norte Energia devem formalizar hoje a criação da SPE, com 17 sócios, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os autoprodutores - grandes empresas que investem em energia elétrica para consumo próprio - deverão ter uma fatia de cerca de 10%. Os fundos de pensão ficarão com aproximadamente 27,5%; as construtoras, com cerca de 12,5%; e o Grupo Eletrobrás, com 49,98%.
Como já havia sido anunciado, a fatia do Grupo Eletrobrás no consórcio, que foi representado pela Chesf no leilão, será dividida, na SPE, entre Eletronorte (19,98%), Chesf e Eletrobrás, com 15% cada uma.
No leilão, o consórcio Norte Energia tinha nove sócios (além da Chesf, Queiroz Galvão; Gaia Energia e Participações, do grupo Bertin; J. Malucelli; Cetenco Engenharia; Contern Construções; Galvão Engenharia; Mendes Júnior; e Serveng).
Todos ficam na SPE, mas com porcentuais diferentes. Contando com a entrada das outras duas empresas da Eletrobrás na fatia da Chesf, seriam 11 sócias. A novidade é a entrada de mais seis sócios.
Novos investidores. Desses seis novos investidores, Ailton confirma que entrarão pelo menos três fundos de pensão de estatais: Petros, dos funcionários da Petrobrás; Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal; e Previ, dos funcionários do Banco do Brasil. A participação do Petros será direta e de 10%.
O grupo de investidores deve ser fechado com a participação da Neoenergia (que tem participação da Previ e da espanhola Iberdrola), que deve ter 10% da sociedade, e de pelo menos dois autoprodutores.
Além da Gaia, que já estava no consórcio, deve entrar também a siderúrgica Sinobrás, de Marabá (PA). A empresa produz 300 mil toneladas de aço laminado por ano e emprega diretamente 1.050 trabalhadores.
A CSN e a Braskem, que estavam sendo cogitadas desde antes do leilão, não devem aderir à SPE, pelo menos no primeiro momento. Mesmo que não assinem originalmente a SPE, é possível que essas e outras empresas entrem posteriormente comprando participação de sócios.

OESP, 13/07/2010, Economia, p. B1

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100713/not_imp580287,0.php

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