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Nova plataforma enfatiza a prática

Valor Econômico, Caderno Especial, p. F4
28 de Ago de 2014

Nova plataforma enfatiza a prática

Por Paulo Vasconcellos
Do Rio

Até o fim do mês, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) conclui a análise das propostas que deverão embasar o Ação 2020, uma plataforma de medidas para aliar a agenda do setor privado com a da sociedade e propor soluções de negócios e políticas públicas em busca do desenvolvimento sustentável.
O documento será lançado em outubro. Inspirado no Visão 2050, que trata de ações qualitativas de longo prazo, o Ação 2020 pretende propor soluções mais práticas e de curto prazo. A ideia é que as propostas possam ser replicadas depois por todo o setor produtivo.
"O Ação 2020 faz parte de um concerto global adaptado à realidade do Brasil. O objetivo é valorar o bem natural para as empresas e para a sociedade. Na questão de mudanças climáticas e de outras medidas de sustentabilidade ouvimos a sugestão de cientistas da área para reverter a curva ascendente de emissões de gases do efeito estufa e estamos reunindo a experiência de empresas que levam atendimento médico às áreas mais isoladas do país ou que desenvolvem ações de saneamento na Amazônia ou que já adotam medidas replicáveis de consumo mais eficiente de água e energia. Os processos, às vezes, são caros, não têm retorno imediato, mas geram um efeito educativo positivo", diz Marina Grossi, presidente do CEBDS.
O embrião para o Ação 2020 foi a conferência Rio+ 20 promovida pela ONU. Um ano antes do evento, realizado no Rio de Janeiro 13 e 22 de junho de 2012, com a presença de 45,4 mil participantes, um trabalho levantou com empresas e especialistas qual seria o cenário do Brasil Sustentável 2050 - da economia ao clima. Ali apareceram os primeiros prognósticos de que as principais transformações e mudanças de paradigmas teriam que ser feitas até 2020.
O CEBDS lançou então uma agenda para as empresas até o fim da década, mas decidiu aprofundar o estudo com medidas concretas e imediatas. Em fevereiro, o conselho reuniu especialistas em mudanças do clima para levantar subsídios para a construção de objetivos da sociedade nas linhas de ações prioritárias do projeto Ação 2020 tendo em vista as características e necessidades brasileiras.
Participaram os professores Emilio La Rovere e Suzana Kahn, da Coordenadoria dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE-UFRJ), Sérgio Besserman, da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ), o engenheiro florestal Tasso Azevedo, o superintendente da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana, e o pesquisador José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O encontro apontou cinco temas fundamentais que deveriam balizar a definição de soluções empresariais: energias renováveis, cidades, agropecuária, florestas e financiamento para uma economia de baixo carbono. A fase agora é de avaliação final das propostas antes de serem submetidas à validação das empresas.

Valor Econômico, 28/08/2014, Caderno Especial, p. F4

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