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A nova geração caingangue

Diário Catarinense -Florianópolis-SC
Autor: DARCI DEBONA
14 de Dez de 2005

A aldeia indígena de Toldo Chimbangue, em Chapecó, é um exemplo do aumento da população caingangue em Santa Catarina. Os 912 hectares foram demarcados em 1985. No início eram apenas 12 famílias. Em 1990, já eram 20 e 280 moradores. Atualmente, a comunidade tem 86 famílias e 400 pessoas.

Quase a metade da comunidade - 190 pessoas - têm menos de 12 anos. O cacique Idalino Fernandes disse que a demarcação das terras contribuiu para o aumento populacional.

- Com espaço dá para produzir mais - brincou.

O próprio cacique tem cinco filhos. O caçula, Deloir, tem cinco anos. O netinho, Anderson, tem quatro. Com área para plantar a comunidade produz mais alimentos e tem condições de alimentar mais bocas. Outro fator importante foi a implantação dos agentes de saúde, que moram na comunidade.

Eles ajudaram a diminuir a mortalidade infantil, um dos pontos destacados no estudo do IBGE, embora a taxa geral continue alta. Na comunidade, a morte de crianças, que chegava a três por ano, segundo Fernandes, caiu para quase zero.

- Agora, só há mortes por velhice ou acidente, comenta.

Funai já indenizou parte da nova área

A comunidade também se insere em outros indicadores revelados pelo censo do IBGE. Um deles é o crescimento do índice de alfabetização, graças às duas escolas que funcionam na aldeia. Há também um posto de saúde na área, que está sendo ampliada em 994 hectares.

Apesar de uma leve queda na fecundidade das mulheres indígenas, seundo o censo do IBGE, a tribo no Oeste cresce. Na década passada, o número médio de filhos era de 5,4, e em 2000 caiu para 3,9.

O cacique Idalino informa que parte da nova área foi indenizada pela Fundação Nacional do Índio e o restante deve ser depositado em juízo, pois 16 moradores contestam valores.

Um dos principais problemas da comunidade, diz o cacique, é a falta de investimentos em saneamento.

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