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Norte do país precisa de obras de infraestrutura

O Globo, O País, p. 9
13 de Dez de 2011

Norte do país precisa de obras de infraestrutura
Votação alertou para precariedade em toda a região

BELÉM. Para o economista Célio Costa, autor do estudo que embasou o pleito de emancipação do leste do Pará, o plebiscito serviu para alertar o Brasil sobre as desigualdades não só do estado, mas de toda a região Norte. Segundo ele, a União terá, a partir de agora, de olhar com mais atenção para os projetos de infraestrutura da região, já que muitos deles se arrastam há mais de 40 anos, como a Transamazônica, a Rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163) e a Hidrovia Araguaia-Tocantins.
- Ficou claro que tanto o Estado brasileiro quanto o governo do Pará deixam as duas áreas abandonadas. O governo federal gasta R$12 bilhões com a estrutura da máquina federal em São Paulo e apenas R$7 bilhões em todos os estados do Norte, justamente na Região Amazônica, que é estratégica para o país - afirmou Costa.
Segundo o economista, o mecanismo de plebiscito inviabiliza a criação de novos estados no Brasil, pois as regiões metropolitanas são mais populosas e se sentem prejudicadas com a divisão de seus estados.
Nos últimos dez anos, a população do Pará cresceu 22,42%, quase o dobro da média brasileira, de 12,34%, segundo dados do Censo. Cidades como Marabá e Pacajá viram o número de moradores aumentar em quase 40%. Em Anapu, a população mais que dobrou, passando de 9.407 para 20.543 habitantes.

O Globo, 13/12/2011, O País, p. 9

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