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Ninho de Gavião Real, maior ave de rapina do mundo, é observado em flona

MMA - www.mma.gov.br
09 de Abr de 2009

Uma espécie rara de ave, que praticamente só existe na Amazônia, está sendo monitorada na Floresta Nacional de Carajás, no Pará. O ninho de Gavião Real com um filhote, ou Hárpia, cujos hábitats vem sendo sistematicamente destruídos em outras regiões do planeta, foi descoberto no alto de uma castanheira na Flona e está sendo observado por analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade desde fevereiro.

O filhote passa bem e foi visto pela última vez por técnicos, como o apoio de alpinistas, na semana passada. "A idéia é monitorar a evolução do animal", explica o chefe da Floresta Nacional de Carajás, Frederico Drumond, chefe da Flora.

Considerado a mais poderosa ave de rapina do mundo, o Gavião Real impressiona não só pela imponência - mede quase um metro de altura, tem mais de um metro de comprimento e dois metros de envergadura e pode pesar até dez quilos -, mas também pela incrível força e ferocidade. Um gavião adulto pode carregar um animal de mais de dez quilos. Suas garras são tão poderosas (a unha chega a medir sete centímetros) e sua força tão grande, que ele consegue, em pleno vôo, arrancar uma preguiça da árvore ou um carneiro do chão.

O grupo de analistas do Instituto Chico Mendes percebeu sinais da existência do filhote durante expedição científica com outros pesquisadores. Eles foram alertados da existência do ninho por folheiros extrativistas de jaborandi, na região do igarapé Bahia, no mosaico de unidades de conservação de Carajás.

Drumond, que é biólogo e integrou a expedição, disse que a observação realizada no local, no dia 25 de fevereiro, sugere que o filhote nasceu bem. A fêmea saiu da posição de chocar e ficou fora do ninho por uma hora, voltando com uma caça e ainda protegendo o ninho da chuva. "Contudo, precisaremos realizar novas observações do alto da árvore para confirmar a situação do filhote", informa Drummond.

O ninho passou a ser observado de forma sistemática desde dezembro. Apesar de se somar mais de 50 horas de observação, ainda não foi possível visualizar bem o filhote. Os analistas garantem, no entanto, que, pela movimentação da fêmea e do macho no ninho, o recém-nascido está no local. Semanalmente, há observações por terra, e, eventualmente, um escalador vai ao alto de uma árvore, em busca de uma melhor visão.

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