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Navios vao virar recifes artificiais

OESP, Geral, p.A14
14 de Nov de 2003

Navios vão virar recifes artificiais Idéia é transformar navios abandonados ou que afundaram em recifes artificiais
CLARISSA THOMÉ
RIO - Navios fundeados na Baía de Guanabara (RJ) e em Areia Branca (RN) podem virar recifes artificiais para o incentivo da pesca artesanal.
Esse é um dos projetos do secretário especial de Aqüicultura e Pesca, José Fritsch, que vem tratando do assunto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o Banco do Brasil, principais credores das empresas donas dos navios.
"Tivemos uma conversa preliminar com o BNDES e há o interesse de desentulhar isso. Essas embarcações são potenciais recifes artificiais e estamos encontrando uma forma de usá-las", disse o secretário, que participou ontem no Rio do 1.o Seminário de Recifes Artificiais Marinhos.
Em Areia Branca, Fritsch contou 40 embarcações abandonadas, algumas já afundadas. Na Baía de Guanabara, há 70 navios no fundo e outros 90 apodrecem na superfície, segundo a Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa e organizações não-governamentais (ONGs).
O projeto da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) é afundar parte dessas embarcações perto da costa para que elas se transformem em espécies de viveiros de peixe, que vão incentivar a pesca artesanal e impedir a predatória feita com arrastão, principal causa da morte de peixes jovens.
A Seap está elaborando um estudo para avaliar o impacto ambiental e os benefícios que os recifes artificiais poderão trazer. Fritsch espera que os recifes sejam financiados por empresas que tenham pendências ambientais, como medida compensatória, ou por empresas com interesse na questão.

OESP, 14/11/2003, p. A14

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