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Não há clima de tensão em Pacaraima', diz vice-prefeito

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
22 de Nov de 2003

A partir da notícia que o Ministério Público Federal ajuizara 100 ações para desocupar comércios em Pacaraima, surgiram comentários equivocados. Ontem o vice-prefeito Chico Roberto (PT) procurou a Folha para informar à sociedade que não existe clima de tensão na cidade ou no município.
"Todos estamos preocupados. Não há clima de tensão entre índios e não índios. Existe um problema jurídico que será resolvido nesta esfera. Inclusive, a maioria da população indígena do município não quer o que as ações pretendem. A maioria dos índios quer é o que todos queremos, saber qual é a área urbana do município. Lideranças indígenas estiveram na Prefeitura e disseram que fechar o comércio de Pacaraima é um absurdo", declarou o vice-prefeito.
Chico Roberto esclareceu que as ações não são apenas para fechar o comércio. De acordo com ele, as ações estão divididas mais ou menos em 50% contra comerciantes e a outra metade contra pessoas físicas. Por isso a preocupação de todos, comerciantes ou não.
Conforme ele, a Associação Comercial e a Prefeitura estão criando um grupo para conduzir a questão. A idéia é dar assessoria às pessoas que não têm recursos para se defender. "Precisamos que todos contribuam dentro de suas competências, levando técnicos que possam dar sugestões, que coloquem suas estruturas à disposição. Hoje, é Pacaraima, e, do jeito que as coisas estão, amanhã poderá ser outro município".
LEGISLATIVO - O presidente da Assembléia, Mecias de Jesus (PL), confirmou o deslocamento do Poder Legislativo para uma sessão que será realizada na próxima quarta-feira, às 10 horas, em Pacaraima. Além dos parlamentares, irá a assessoria jurídica da Casa para conhecer o problema e ajudar no que for possível.
"Estamos conscientes que o momento vivido por Pacaraima é muito delicado, como também é a situação do Estado no que diz respeito à questão fundiária. Por isso, estamos determinados a contribuir de forma efetiva na busca por um caminho que possa resolver aquele problema", declarou Mecias de Jesus. (C.P)

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