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Museu Goeldi elabora lista das espécies ameaçadas de extinção

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Autor: LIANA JOHN
22 de Out de 2002

Estudo, no Pará, vai ser feito com a Conservation International do Brasil

Em um ano, o Pará terá uma lista consolidada e atualizada de espécies ameaçadas de extinção e uma base de dados sobre a sua biodiversidade, para orientar políticas estaduais de conservação e uso sustentável de seus recursos.

Esse levantamento faz parte do Programa Biota-Pará, a ser lançado hoje, em parceria do Museu Goeldi, instituição de pesquisa ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, com a organização não governamental Conservation International do Brasil (CI).

A atualização das espécies ameaçadas de extinção, a partir da consulta a especialistas, será consolidada em workshop, previsto para meados de 2003.

"A elaboração da lista, no Pará, é um instrumento essencial para direcionar as ações de conservação no Estado e assim evitar a perda das espécies e dos ecossistemas nos quais elas vivem", explica José Maria Cardoso da Silva, diretor para a Amazônia da CI. Segundo ele, a fronteira econômica no Pará não está estabilizada. "Ainda existem desmatamentos, extração de madeira de lei, expansão da agropecuária e uma dinâmica social complicada, que coloca em risco muitas espécies devido à perda de ecossistemas, sobretudo nas áreas de endemismos".

O Pará abriga quatro centros de endemismos da Amazônia, áreas diferenciadas da floresta onde é particularmente alta a biodiversidade, com grande número de espécies endêmicas, ou seja, que só existem ali e em nenhum outro lugar do mundo.

Os quatro centros são: o da Guiana, ao norte do rio Amazonas; o do Xingu, entre os rios Xingu e Tocantins; o de Tapajós, entre os rios Xingu e Tapajós e o Centro de Endemismos Belém, o mais ameaçado, com alto índice de desmatamentos e fragmentação de florestas

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