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Museu americano homenageia índios Panará

Site da Funai
18 de Set de 2003

O Field Museum de Chicago, conceituado museu americano, realiza até fevereiro de 2004, uma mostra fotográfica, em preto e branco, que registra a saga dos índios Panará, também conhecidos por Krenhakarore. Depois de muita luta na justiça, esses índios conseguiram retornar à sua terra tradicional, hoje demarcada e homologada. Lá, reconstruíram uma nova aldeia, às margens do rio
Iriri, batizada de Nãsepotiti. O vídeo "O Brasil Grande e os Índios Gigantes", de Aurélio Michilllis, também faz parte da exposição do museu em Chigago.

A história do contato dos Panará com a sociedade não-índia é dramática. Na década de 70, com a construção da rodovia Cuiabá (MT)-Santarém (PA), foram expulsos de suas terras e por pouco não acabaram extintos. A população de 400 pessoas, em 1973, foi reduzida para 70 indivíduos em 1975. Muitos deles, vitimados por gripes e diarréias, esmolavam na beira da estrada. Para garantir a sobrevivência desse povo, a Funai o transferiu para o Parque Indígena do Xingu, onde também foi discriminado por outras etnias, que roubavam suas mulheres e os perseguiam. O tempo em que permaneceram no Xingu, sonharam sempre com a volta para o local de origem.

Em recente e inédita decisão da Superior Tribunal Federal, os Paraná foram indenizados por danos morais e prejuízos sofridos ao longo de seu trágico contato com a sociedade brasileira. A União não recorreu à ação e o governo federal pagou mais de um milhão de reais no final de agosto passado.

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