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Mulheres indígenas fazem encontro durante conferência e debatem seus direitos

Funai-Brasília-DF
01 de Abr de 2005

As mulheres indígenas se anteciparam às votações das propostas na Conferencia dos Povos Indigenas do Mato Grosso do Sul e lançaram ontem (31), durante a plenária as propostas que desejam incluir no documento final. As propostas foram elaboradas em reuniões noturnas, após o jantar, durante todos os dias da Conferencia, que se encerra hoje e de onde sairão os delegados para a Nacional.

Entre as propostas, a de implementação de diretrizes para uma política pública voltada exclusivamente para as mulheres indígenas, a criação de secretaria ou coordenação de mulheres indígenas na Funai para atender seus direitos; soluções urgentes para o reconhecimento dos documentos indígenas nacionalmente e campanhas para a promoção de cidadania. Querem, ainda, garantias urgentes de recursos para saúde indígena e programa voltados para o planejamento familiar, respeitando a especificidade de cada etnia.

Segundo Kátia Amado, delegada Terena, representando a Aldeia Colônia Nova, em Aquidauana, as mulheres indígenas precisam de respeito e reconhecimento. "Nós, mulheres indígenas temos o direito de ser respeitadas, de poder entrar num mercado, numa loja, num banco ou num hospital e ser bem tratadas. Aqui no Mato Grosso do Sul não somos. Temos que brigar e ficar gritando pelos nossos direitos sem ninguém se importar, às vezes até riem de nós ou fazem deboches ofensivos", disse.

As mulheres se anteciparam também na escolha de suas representantes e indicaram três integrantes do movimento para a Conferência Nacional em 2006: Lea Aquino Pedro, Kaiowá, da Terra Indígena Nhande Ru Marangatu, Silsa Vieira, Terena da aldeia Moreira, em Miranda e Maria Regina de Souza, da aldeia Dourados.

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