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16 de Out de 2013
A luta por uma consciência verde, pela preservação da natureza, vem se tornando uma temática cada vez mais comum no mundo contemporâneo. Muitas pessoas, com o passar do tempo, estão se dando conta de que o modo como as coisas estão nos leva a um caminho sem volta. Mobilizações como a das mulheres dirigentes e líderes de diferentes nacionalidades, federações e comunidades ligadas ao Governo das Nações da Amazônia Equatoriana (GONOAE), vem surgindo e engrossando a luta por um planeta melhor.
Essas mulheres, que lutam contra a exploração extrativista na Amazônia equatoriana, partiram em caminhada, no último dia 12 de outubro, da cidade de Puyo, e pretendem chegar até Quito, no Equador, nesta quarta-feira, 16. É uma distância de pouco mais de 200 quilômetros. Rosa Gualinga, representante da comunidade Shiwiar, explicou à agência da Associação Católica Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (Signis ALC) as razões de estar na mobilização: "Eu estou lutando por minha nacionalidade, pela vida da selva, da fauna e da flora".
Segundo as dirigentes indígenas, "nós, como mulheres, sentimos desde dentro do nosso ventre as ameaças que o extrativismo causa e consideramos que abrir um debate sobre o tema, é urgente". Priscila Alvarado, mulher Naporuna, afirmou que, como mulheres amazônicas, elas estão lutando pelo direito ao território, "não queremos contaminação, apenas viver em paz com nossos filhos".
Gloria Ushiwa, mulher Zápara, explicouo objetivo dessa marcha, "estamos caminhando, vamos falar com o senhor Rafael Correa, não queremos petróleo, talvez pudéssemos encontrar outra maneira de vida(...) Não queremos petróleo". Em 2007 o presidente equatoriano assinou um termo de preservação da região de Yasuní, onde há uma reserva de 846 milhões de barris de petróleo, e onde é, também, o Parque Nacional Yasuní, a reserva mais importante de biodiversidade do planeta.
A caminhada, que saiu no dia 12, sábado, já passou por cidades como Baños e Salasaca, deve chegar na capital equatoriana hoje, dia 16.
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