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Mudanças no Incra e Funai poderão contribuir com RR

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
06 de Set de 2003

As mudanças nas presidências do Incra e da Funai poderão ajudar na solução de questões essenciais ao Estado. Aliada a elas, a criação do Grupo Interministerial é vista como uma resposta positiva do Governo Federal ao pleito apresentado por lideranças políticas do Estado.

Ao falar sobre o fato, o governador Flamarion Portela (PT) lembrou que o grupo tem 90 dias para dizer ao presidente Lula da Silva (PT) o que pretende fazer, seguindo-se a apresentação do trabalho técnico, após o quê o presidente decidirá a posição a ser adotada. "A primeira coisa é louvar a palavra dita e cumprida pelo Palácio do Planalto".

Sobre a mudança do presidente do Incra, o governador disse que Marcelo Resende mostrou pouco interesse em resolver as questões de Roraima. Enveredou sua atuação pelo radicalismo, resultando na demissão.

"Quanto ao novo presidente, Rolf Hackbart, acho que Roraima deve ficar contente, primeiro pelo laço familiar pois é casado com uma roraimense, a filha do ex-deputado federal Chagas Duarte. Depois, se o que saiu era radical, este deve ter atuação ampla com a visão da diversidade nas variadas regiões do Brasil e que tenha capacidade de sentir e encaminhar soluções apropriadas para cada região ou caso. Isso faz crescer nossa esperança de resolução da questão fundiária".

Quanto à alteração na Funai, o governador comentou que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, sempre sobre a falta de sintonia, porquanto a Funai sempre procurou ter vida própria. Inquieto com isso, o ministro tirou o ex-presidente e nomeou Mércio Pereira Gomes. "Nossa esperança é que ele atue de forma harmônica com o Ministério da Justiça e possa encontrar uma boa equação no espírito de que todos ganhem, ninguém perca".

Flamarion Portela acredita que a solução do problema fundiário do Estado, inclusive a homologação da reserva Raposa e Serra do Sol, faz parte de um contexto amplo. Tanto que a proposição de Roraima é neste sentido. "Ou seja, tem a questão indígena, mas também as terras geridas pelo Incra. As pessoas precisam ter seus títulos, condições de buscar crédito e segurança na hora de produzir. Esta será a coisa mais benéfica para o Estado, fortalecer o setor primário para gerar riqueza".

POLÍTICA - Sem querer entrar no varejo dos últimos movimentos políticos, o governador disse que passou a semana absorvido nos entendimentos sobre a reforma tributária. Soube da movimentação política da prefeita Teresa Jucá, querendo mudar-se de um partido para outro.

"Mas não tenho certeza se isso vai, ou de que forma irá se concretizar. Tenho que esperar o desfecho da história que entendo como boato porque hora dizem que a prefeita vai para o PPS e hora para o PSB. Vou esperar para ver que caminho ela tomará".

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