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MST não é recebido

CB, Brasil, p. 15
18 de Fev de 2005

MST não é recebido

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) realizou, na manhã de ontem, uma pequena manifestação, em frente ao Ministério da Justiça, para protestar contra a violência no campo. Durante duas horas, cerca de 120 integrantes do movimento ficaram em frente ao palácio, onde protocolaram um ofício por meio do qual pedem uma audiência com o ministro Márcio Tomaz Bastos, na semana que vem. A pressão não foi forte o suficiente: os sem terra foram embora sem terem sido recebidos por nenhum representante do ministério e sem confirmar o encontro com o ministro.
Um dos coordenadores nacionais do movimento, James Vanzella, diz que a manifestação foi organizada com o objetivo de cobrar do governo providências para que casos como o assassinato da missionária americana Dorothy Stang , ocorrido no último sábado, não voltem a se repetir. " O que vemos nos jornais são sempre casos de trabalhadores mortos", constata Venzella.
Gaúcho, Venzella afirma que no seu estado é comum a existência de milícias armadas contratadas por fazendeiros para defender suas terras. "O governo tem que desarmar essa gente, só assim a violência vai acabar", entende o coordenador. Os sem terra não estão sozinhos na reivindicação: o documento de 12 linhas que foi encaminhado ao ministério é assinado também pelo Fórum da Reforma Agrária e Justiça. O Fórum é composto por entidades como a Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Enquanto isso, em protesto contra a violência, os sem-terra bloquearam quatro estradas no Pará e invadiram as sedes do Incra nas cidades de Altamira e Indaiatuba.

CB, 18/02/2005, Brasil, p.15

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