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MPF denuncia família que extrai madeira ilegalmente no Ceará

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04 de Fev de 2008

O MPF (Ministério Público Federal) no Ceará, por meio da Procuradoria da República no Município de Juazeiro do Norte, apresentou denúncia à Justiça Federal contra oito pessoas. Eles integram o Grupo Irmãos Roriz responsável pela extração e transporte criminosos de madeira na Chapada do Araripe.

Sete dos denunciados são de uma mesma família. O outro denunciado é um empresário que mora em Pernambuco. A denúncia é por uma série de crimes, incluindo, entre outros, formação de quadrilha, dano direto a unidade de conservação ambiental e falsificação de documento público.

Procedimentos administrativos deflagrados pelo MPF, com base em informações do Ibama e inquéritos instaurados pela Polícia Federal revelaram que a exploração ilegal praticada pela família Roriz vem causando danos consideráveis à Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe e à Floresta Nacional do Araripe-Apodi.

De acordo com informações do MPF no Ceará, as atividades ilegais da família teriam começado em 1996. Com o intuito de dar uma aparência legal aos negócios, os Roriz passaram a requerer ao Ibama a aprovação de planos de manejo em algumas propriedades. O problema é que eles superestimaram indevidamente o volume florestal.

As informações falsas permitiam ao grupo obter junto ao Ibama um crédito de madeira maior do que o que deveria ser efetivamente autorizado. Assim, a família conseguia um número maior de ATPFs (Autorizações para Transporte de Produtos Florestais), um excedente usado para camuflar desmates irregulares.

Além da falsificação de documentos, também foi verificado uso de "laranjas" para a prática de crimes ambientais. Os Roriz se valem de outras pessoas para fugir da responsabilidade pelos atos ilícitos cometidos. Outra tática adotada é a criação de obstáculos à fiscalização ambiental.

Dois dos imóveis utilizados pela família Roriz para realização de desmatamentos clandestinos são de propriedade da Usina Manoel Costa Filho, administrada pelo empresário Carlos Henrique Costa de Albuquerque Maranhão, também denunciado pelo Ministério Público Federal.

No documento encaminhado à Justiça Federal, o procurador da República Rodrigo Telles de Souza pede a instauração de processo penal e a condenação dos integrantes da família Roriz e do empresário Carlos Henrique.

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