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MPF apura circunstâncias de acidente que matou três índios

Rede Tocantins - http://www.redeto.com.br
18 de Out de 2013

MPF investiga circunstâncias de acidente que matou três índios no começo da semana: procuradora visita local da tragédia nesta sexta

O Ministério Público Federal (MPF) no Tocantins, através da Procuradoria da República em Araguaína, apura as circunstâncias do acidente que matou três índios na noite da última segunda-feira, 14, na BR-010, entre as cidades de Barra do Ouro e Itacajá. Os indígenas ia participar da 9ª Feira Krahô de Sementes Tradicionais, em Itacajá. O grupo envolvido na tragédia mora na Aldeia Nova, em Goiatins.

A procuradora da República Aldirla Albuquerque considerou grave a acusação de que o motorista do veículo, Gilvan Alves da Silva, de 33 anos, que se apresentou à polícia na quarta-feira, 16, estava em alta velocidade do veículo e embriagado. Ele fugiu sem prestar socorro alegando que estava com medo da reação dos índios. O MPF considerou ainda que o transporte dos indígenas em um caminhão fornecido pela Prefeitura de Goiatins desrespeita as normas de trânsito.

De acordo com o órgão, a procuradora realiza nesta sexta-feira, 18, visita ao local do acidente, ao local de realização da feira de sementes e à aldeia Nova, onde residem os familiares dos indígenas acidentados.

O MPF pediu ao delegado de Polícia Civil de Goiatins, Marco Aurélio Barbosa Lima, uma cópia integral do inquérito policial instaurado para apurar os fatos e a conduta do motorista do caminhão. Também foi solicitado ao coordenador técnico local da Funai em Itacajá, Francisco Hujnõ Krahô, que informe se foi pedido ao Município de Itacajá o caminhão que transportava os indígenas, encaminhando cópia do ofício endereçado ao município.

A procuradora oficiou ainda a prefeita de Itacajá, Maria Aparecida Lima Rocha Costa, requisitando a cópia do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos) do caminhão, a qualificação e documentos pessoais do motorista e qual vínculo que ele tinha com o poder público.

O Ministério Público Federal quer saber também autorizou a utilização do veículo para o transporte de indígenas e a pedido de quem. Na autuação, o MPF destaca que caso o veículo não seja de propriedade do município, deve ser remetida cópia do contrato de transporte e documentação atinente ao veículo. Todas as informações devem ser prestadas no prazo de 48 horas a cinco dias.

Acidente

O caminhão transportava 82 indígenas krahô da aldeia Nova quando capotou em estrada rural entre os municípios de Barra do Ouro e Itacajá, deixando três mortos e 56 feridos enquanto se dirigia ao local de realização da 9ª Feira de Sementes da Etinia Krahô, na Kapey (local de convergência de todas as aldeias krahô da terra indígena localizada nos municípios de Itacajá e Goiatins.

De acordo com o mP`F, o acidente, ainda no primeiro dia de realização da feira de sementes, causou grande comoção entre os participantes que chegaram a cogitar a interrupção do evento. Após deliberação dos índios, que adiaram os rituais fúnebres, a feira continuou após o luto respeitado no dia seguinte ao acidente.

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