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MP pede solução para caingangues

Correio do Povo-Porto Alegre-RS
12 de Jan de 2005

Em reunião, ficaram acertadas melhorias para o acampamento dos índios que ficam junto à RS 786

Indígenas produzem artesanato e vendem no local

A prefeitura de Imbé terá prazo de uma semana para solucionar os problemas estruturais e de segurança do acampamento indígena às margens da RS 786, na localidade de Santa Terezinha. A decisão foi tomada ontem em reunião na sede do Ministério Público de Tramandaí, entre a promotora de Justiça Luciana Casarotto, o prefeito Jadir Fofonka, representantes do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), da Secretaria Estadual da Habitação, da coordenação do setor de Proteção ao Índio do governo do Estado, uma ONG que defende interesses indígenas, Brigada Militar e Batalhão de Polícia Rodoviária.

A prefeitura comprometeu-se a garantir ao acampamento de 32 famílias de caingangues três novos banheiros biológicos, quatro tonéis de lixo, quatro chuveiros, dois varais para roupa, de 50 metros, e tanques. A prefeitura e o Daer vão aterrar e sinalizar a área, permitindo que as barracas fiquem a dez metros da rodovia, para evitar acidentes, e criando um recuo para que motoristas possam parar a fim de comprarem os produtos confeccionados pelos índios. A promotora reiterou que esta é uma solução emergencial e cobrou uma alternativa definitiva para o problema até o próximo verão. 'É preciso que o Termo de Ajuste de Conduta, assinado no ano passado, seja cumprido efetivamente.'

O líder dos caingangues de Nonoai, Daniel Ribeiro, salientou que todo o encontro foi documentado e a expectativa agora é de que as tudo comece a acontecer efetivamente. Para o vice-cacique da tribo caingangue de Iraí, Francisco Salvador, o prefeito demonstrou boa vontade. Ele garante querer colaborar com a cidade para tornar o acampamento um local turístico - e de boas vendas. A idéia é manter as duas tribos de um lado só da estrada, evitando assim o risco de atravessar a rodovia movimentada

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