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Movimentos Nós Existimos visitam região para manifestar apoio a indígenas

Brasil Norte-Boa Vista-RR
08 de Jul de 2004

Na manhã de hoje, um grupo de 60 lideranças sindicais, populares e ambientalistas, representando 21 organizações da sociedade civil de Roraima vai até a maloca Jauari, recentemente construída por indígenas que defendem a homologação da Raposa/Serra do Sol para conter o avanços das plantações de arrozais.
O Movimento Nós Existimos que organizou a viagem disse que a presença solidária de pessoas e organizações da sociedade civil, com a intenção de mostrar aos indígenas e ao povo de Roraima que os movimentos sociais locais estão preocupados com o desenrolar da homologação de Raposa/Serra do Sol e os prejuízos ambientais causados pela degradação ambiental e pelo uso excessivo de agrotóxico nas lavouras de arroz.

Delegação
A delegação é composta por 17 sindicados filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT/RR) e associações ligadas ao Grupo de Trabalho Amazônico (GTA/RR). Participaram também lideranças do Talher Estadual (Programa Fome Zero), cooperativas de trabalhadores rurais e Diocese de Roraima.
Em nota encaminhada à imprensa e distribuída na manhã de ontem, através da internet a parceiros dos povos indígenas de todas as partes do mundo, as organizações perguntam "até quando os interesses econômicos vão de se sobrepor ao direito à vida, aos direitos humanos e à lei?".
A nota de solidariedade repudia a "forma como os inimigos dos povos indígenas, movidos por interesses pessoais vêm agindo em Roraima, incitando à violência, distorcendo fatos e levantando calúnias com o objetivo de manipular a população tentando convencê-la de que o é bom para os bolsos de alguns, também é bom para o povo", criticam as entidades.
Além de declarar apoio à homologação de forma contínua, as organizações apelam "ao povo de Roraima para que "não aceite mais uma incitação ao confronto e diga não à impunidade que impede o desenvolvimento regional e a construção de um futuro de paz e justiça.
O Movimento Nós Existimos é representado por Talher Roraima, Central Única dos Trabalhadores (CUT-RR), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Núcleo de Mulheres de Roraima (NUMUR) Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (SEEB), Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário, Poder Legislativo, do Ministério Público e do Tribunal de Contas de Roraima (SINTJURR), Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Roraima (SINTRAS), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Sindicato dos Servidores Públicos (Sindsep), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caracaraí (STTR/C), Sitram, Movimento Ind. Dos Trabalhadores em Educação, Escola Calunga/CESC, Instituto Missões Consolata, Diocese de Roraima, Conselho Indígena de Roraima (CIR), Centro Diocesano de Direitos Humanos (CDDH), Pastoral Indigenista, Pastoral Urbana, e Movimento Negro de Roraima.

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