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Mortes em reservas indígenas têm redução de 50%

Correio do Estado-Campo Grande-MS
Autor: Cícero Faria
23 de Dez de 2002

CRIMES - De acordo com estatísticas da Funasa, neste ano diminuiu número de suicídios e homicídios entre os indígenas em relação aos índices de 2001

O número de mortes violentas nas quatro reservas indígenas da região de Dourados caiu mais de 50% este ano em comparação com as estatísticas do ano passado, de acordo com informações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que atua nessas aldeias, prestando assistência médica, odontológica, noções de higiene e nutrição. Esse índice é o mais baixo dos últimos dez anos na região.
Em 2002, foram registrados três suicídios - o último na semana passada, envolvendo o guarani Valdemar Rolim, enquanto os casos de homicídio somaram dez e duas mortes por excesso de bebida alcoólica, relatou o chefe do pólo da Funasa em Dourados, Donizete Araújo.
Já no ano passado, ocorreram seis suicídios e 25 mortes violentas com uso de faca, arma de fogo e intoxicação alcoólica nas aldeias Jaguapiru, Bororo, Panambizinho, em Dourados, e Lagoa Bonita, em Douradina.
Donizete Araújo acredita que a atuação da Funasa, pelo Programa de Saúde da Família Indígena com apoio da Fundação Nacional Indígena (Funai), tenha contribuído para diminuir a violência dentro das reservas indígenas.
Segundo ele, três grupos multidisciplinares vêm atuando desde o ano passado junto à comunidade, com trabalho de atendimento de médicos, enfermeiras, dentistas, nutricionistas e uma assistente social.
São distribuídos para as famílias terenas, caiuás e guaranis pacotes de leite em pó, medicamentos e cestas básicas de mantimentos, melhorando a qualidade de vida dos índios, principalmente das crianças, frisou Donizete Araújo.

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