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'Morte' da Amazônia pode ser irreversível em 2060

OESP, Vida, p. A12
06 de Fev de 2008

'Morte' da Amazônia pode ser irreversível em 2060

Um artigo publicado nesta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (www.pnas.org) assinado por cientistas de institutos americanos, britânicos e alemães e coordenado por Timothy Lenton, da Universidade de East Anglia (Inglaterra) alerta para um risco iminente de o aquecimento global chegar a um ponto sem volta.

Ao focar em regiões (como Amazônia e Groenlândia) e fenômenos (como as monções), eles afirmam que o limite entre o equilíbrio atual e um novo, imprevisível, pode estar mais perto do que se pensa. Eles alertam para a influência do aquecimento global e do desmatamento em larga escala na Amazônia, uma vez que parte da floresta tropical pode se converter em um tipo semelhante ao cerrado. Em aproximadamente 50 anos, afirmam, o processo de degradação da floresta pode sair totalmente do controle.

Os autores listam outros exemplos. "A maior e mais clara ameaça é a perda completa do gelo ártico (mesmo) no inverno, que parece mais perto do que pensávamos, com o potencial de contribuir para o derretimento da camada de gelo da Groenlândia."

"A sociedade pode estar vivendo uma falsa noção de segurança por causa de projeções sobre mudanças climáticas suaves. O limite nos trópicos, na zona boreal e na Antártida Ocidental é uma situação cercada por grande incerteza", escrevem os cientistas, apontando para mudanças potencialmente mais abruptas do que as indicadas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas.

Em dezembro, um grupo de mais de 200 cientistas de diferentes países, em carta endereçada aos delegados da 13.ª Conferência do Clima (COP-13), na Indonésia, alertaram que a temperatura média da Terra não pode subir mais do que 2oC, em relação à época anterior à Revolução Industrial. Esse seria o limite natural. Mais do que isso as mudanças climáticas se tornariam "perigosas".

OESP, 06/02/2006, Vida, p. A12

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