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Morre bebê índio que mãe deixou 10 dias sem comer

Agência Estado
15 de Fev de 2006

Um dia depois de ser internado em um hospital no município de
Garanhuns, no agreste de Pernambuco, morreu quinta-feira o bebê de
dez meses que havia sido resgatado por integrantes do Conselho da
Criança e do Adolescente de Pernambuco da aldeia Fulni-ô, onde morava
com a mãe e uma irmã, na área rural da cidade de Águas Belas (também
no agreste pernambucano). O menino, que pesava apenas 4,3 quilos,
chegou ao hospital com quadro grave de desidratação e desnutrição.

A mãe da criança, identificada como Vitória Maria Pereira, de 19
anos, foi encaminhada para o Presídio Feminino, em Recife, e
responderá a processo por homicídio doloso (que ocorre sem a intenção
de matar). De acordo com o delegado de Águas Belas, Wamberto Gomes, o
bebê foi encontrado, quarta-feira, na casa de Vitória - que está
grávida de dois meses -, a partir de uma denúncia anônima. Segundo
testemunhas ouvidas pela polícia, a mãe da criança deixou de lhe
fornecer alimentos e água há pelo menos 10 dias.

Em depoimento, a índia alegou que não tinha dinheiro para comprar
comida. De acordo com moradores da aldeia, além de ser privado de
alimentação o menino e uma outra filha de Vitória de dois anos, era
vítimas de maus-tratos sendo, inclusive, obrigados a dormir no chão.
O caso gerou revolta entre moradores da região.

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