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08 de Jul de 2008
Nesta quinta-feira (10) encerram os trabalhos de coleta para monitoramento de algumas espécies de aves migratórias no Rio Grande do Sul promovidos por analistas ambientais do Centro Nacional de Pesquisas para Conservação das Aves Silvestres (Cemave) - centro especializado do Instituto Chico Mendes.
Eles estão acampados na região de Santa Vitória do Palmar, no extremo sul do Estado, distante 496 quilômetros de Porto Alegre, depois de percorrerem sete municípios realizando o trabalho de campo ao lado de técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Secretaria Estadual da Agricultura.
Segundo o analista ambiental Isaac Simão Neto, um dos dois especialistas do Cemave que trabalham auxiliados por um ornitólogo da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, o monitoramento é anual e antes visava a verificação das populações de aves vindas da Patagônia para a temporada de caça.
Com a proibição da caça amadora no Rio Grande do Sul desde 2005, por força de ações civis públicas, a coleta do sangue e de secreções (da traquéia e clocal) de patos e marrecos tem um enfoque voltado para o controle da influenza, conhecida popularmente como gripe aviária.
Isto porque o monitoramento contínuo permite verificar se está havendo diminuição destas espécies e quais as possíveis razões, ambientais, climáticas ou relacionadas a doenças. Dessa forma é possível tomar medidas preventivas. "E não deixar para agir somente depois que acontecer algo", ressalta Issac.
Depois de armazenados os dados desta temporada, eles ficarão sob análise no Cemave para o monitoramento permanente junto com as coletas feitas anteriormente e para comparação dos dados. No trabalho de campo, os técnicos fazem armadilhas utilizando arroz como isca e dessa forma conseguem diversas espécies de aves. De acordo com Isaac eles ficam acampados em lugares disponíveis e tem o apoio de um trailer do centro especializado para os trabalhos.
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