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MMA participa do lançamento de projetos da Caixa por habitação sustentável

MMA - www.mma.gov.br
Autor: Melissa Silva
07 de Jun de 2010

Em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente (5/6), a ministra Izabella Teixeira participou do lançamento da linha de crédito ecoeficiência da Caixa Econômica Federal que irá financiar empresas interessadas em substituir máquinas e equipamentos antigos por produtos mais modernos que reduzam a geração de resíduos e as emissões, bem com aumentem a eficácia no uso de matérias-primas, de água e de energia.

"O objetivo é auxiliar as empresas na melhoria dos processos por uma produção mais limpa e também na recuperação ambiental das indústrias", disse vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza.

De acordo com Lenza, é uma linha de crédito com condições diferenciadas, pois financia 100% do equipamento, dá prazo de até 150 meses para quitação e prevê seis meses de carência para iniciar o pagamento. "O empresário começa a pagar quando os resultados começam a aparecer", destaca. A taxa de juros é de TR e mais 1,92% ao mês e não há limite para o valor financiado. "Depende da condição de pagamento de cada empresa e da necessidade de aquisição do equipamento", garante o vice-presidente.

"Sustentabilidade não é prerrogativa da área ambiental, mas de uma sociedade que quer ser desenvolvida. Fico muito orgulhosa de ser ministra do Meio Ambiente no momento em que um dos maiores bancos públicos do Brasil se torna um dos grandes parceiros ambientais", disse Izabella.

Guia Selo Azul - No mesmo evento, a Caixa ainda lançou seu Relatório de Sustentabilidade referente a 2009 e o Guia de Sustentabilidade Ambiental do Selo Casa Azul da Caixa que apresenta os critérios necessários para obtenção do Selo, que é o primeiro sistema de classificação de sustentabilidade de projetos habitacionais, desenvolvido para a realidade da construção brasileira e se aplica a todos os tipos de projetos propostos à Caixa para financiamento ou programas de repasse. Podem se candidatar à certificação empresas construtoras, poder público, empresas públicas de habitação, cooperativas, associações e entidades representantes de movimentos sociais.

O Selo Azul pretende incentivar o uso racional de recursos naturais na construção de empreendimentos habitacionais, reduzir o custo de manutenção dos edifícios e as despesas mensais dos usuários, bem como promover a conscientização de empreendedores e moradores sobre as vantagens das construções sustentáveis.

Segundo o professor do departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e um dos colaboradores da publicação, Vanderley John, "o Guia permite que o empreendedor tome as decisões corretas para fazer sua construção mais verde, sem ter de contratar uma consultoria de R$ 500 mil. Para isso, o conhecimento está todo disponível no Guia que apresenta 53 ideias para a construção sustentável sem aumentar o custo da obra", garante o professor.

Para a ministra, a democratização do conhecimento por meio do Guia significa uma mudança de patamar. "Estamos permitindo que qualquer um possa alcançar e começar a mudança de comportamento. E a área ambiental muda de patamar quando se alia aos agentes financeiros, pois os custos ambientais passam a ser internalizados", ressaltou Izabella.

Segundo o vice-presidente de Governo do banco, Jorge Hereda, a Caixa produz 73% dos contratos de crédito imobiliário do Brasil, já passou dos R$ 27 bilhões de crédito de imóveis só neste ano, com mais de 443 mil contratos, e é agente fomentador dos repasses do Governo Federal para área de habitação.

"Esse cenário mostra a responsabilidade da Caixa com o que está sendo produzido em nossas cidades. Com o Selo Azul temos a oportunidade de incentivar que as empresas construam da melhor maneira possível, de forma sustentável e gerem um bem ambiental, inclusive para agregar apelo comercial ao seu produto", disse Hereda.

Para a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, esse pacote da Caixa preparado para a semana do Meio Ambiente reafirma o compromisso do banco com o tema e consolida a missão da instituição. "Um banco 100% público, socialmente responsável, que atua na promoção da cidadania e no desenvolvimento sustentável".

"Esse é o primeiro ano que temos ações de relevância para apresentar, o que mostra nosso amadurecimento em relação à temática. Mas tem um gosto especial, pois vencemos uma batalha antiga e conseguimos a aprovação pelo Conselho de Administração da Caixa do nosso Fundo Social Ambiental", anunciou Maria Fernanda.Com o Fundo será possível firmar parcerias com organizações da sociedade civil e entidades públicas para impulsionar projetos sociais e ambientais, sendo que cada área receberá 50% dos recursos.

A ministra aproveitou a oportunidade para sugerir que parte dos recursos do Fundo seja destinada a ações de controle do desmatamento no Cerrado. "A Caixa pode aproveitar essa oportunidade para assumir a identidade de banco do Cerrado, pois é o bioma mais condenado pelo desmatamento nos últimos 20 anos, muito mais até que a Amazônia; foi o que mais perdeu cobertura original, proporcional ao seu território; e temos o desafio de trabalhar o desenvolvimento urbano e a sustentabilidade do Cerrado com projetos mais eficientes".

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