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MMA e ICMBio vão criar mosaico de Unidades de Conservação para proteger o mico-leão-dourado

ICMBio - www.icmbio.gov.br
Autor: Sandra Tavares
11 de Nov de 2009

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) preparam o reconhecimento oficial do Mosaico de Áreas Protegidas Mico-Leão-Dourado, cujo objetivo principal será garantir a manutenção dos últimos remanescentes do habitat original dessa espécie de primata - a Mata Atlântica da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro.

O mosaico será formado pelas reservas biológicas União e Poço das Antas, Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do São João/Mico-Leão-Dourado, Parque Estadual dos Três Picos, parques naturais municipais Atalaia (Macaé), Córrego da Luz (Casimiro de Abreu) e Mico-Leão-Dourado (Cabo Frio) e várias reservas particulares do patrimônio natural (RPPN). As três primeiras unidades são administradas pelo ICMBio.

A previsão é que até o início de 2010 o Mosaico Mico-Leão-Dourado seja reconhecido e já esteja com o seu conselho atuando e com plano de ação em andamento, contemplando programas de fiscalização, combate e prevenção de incêndio, educação ambiental, comunicação e pesquisas científicas.

FORTALECIMENTO - Segundo o chefe da Reserva Biológica (Rebio) União, Whitson Costa Junior, a principal função do mosaico é a gestão integrada das unidades de conservação, que se fortalecerão com a divisão dos recursos e ampliarão, por exemplo, seu poder de fiscalização, entre outros pontos positivos.

Não é à toa que o mosaico foi batizado com o nome de mico-leão-dourado. A preservação da espécie motivou a criação da maioria das unidades de conservação da área. Historicamente, o foco das ações sempre esteve voltado para essa espécie de primata endêmica da região e ameaçada de extinção, bem como para a conservação do ecossistema da Mata Atlântica, que serve de habitar para esse animais.

Ainda segundo o chefe da Rebio, o trabalho que vem sendo desenvolvido há anos para garantir a sobrevivência do mico-leão-dourado em seu meio natural tem sido não apenas bem sucedido, como reconhecido nacional e internacionalmente, o que já garante à região uma forte identidade com o primata.

ENCONTRO - Na sexta-feira (6), as unidades de conservação do ICMBio e a Associação Mico-Leão-Dourado, uma organização não-governamental, promoveram uma reunião no Centro Educativo da Reserva Biológica (Rebio) de Poço das Antas, em Silva Jardim (RJ), para discutir como envolver o maior número de instituições nesse processo de reconhecimento do mosaico.

Participaram do encontro representantes das prefeituras de Macaé, Casimiro de Abreu e Cabo Frio, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), dos comitês das bacias hidrográficas do Rio Macaé e do Rio São João; das ONGs Mero e Gema, além de vários proprietários de RPPN da região.

Durante a reunião, o secretário de Meio Ambiente de Macaé, Maxwell Vaz, destacou a importância da participação do Parque Atalaia no mosaico, que terá sua gestão favorecida com o intercâmbio com outras unidades, sobretudo as federais, promovendo-o como uma referência regional na conservação da Mata Atlântica.

Segundo o ecólogo Rosan Fernandes, da Associação Mico-Leão-Dourado, as áreas protegidas da região são importantes não só pela conservação da biodiversidade regional, mas também por outros serviços ambientais prestados, como a manutenção de fontes de água, o controle climático e a contenção de encostas.

A Associação Mico-Leão-Dourado coordena o Projeto Mosaicos. O projeto promove, em parceria com a Conservação Internacional, Fundação SOS Mata Atlântica e Valor Natural, o fortalecimento de outros três mosaicos no estado do Rio de Janeiro - o Central Fluminense, o da Mantiqueira e o da Bocaina.

Ascom/ICMBio - (61) 3341-9280 - com informações de Whitson José da Costa Junior, chefe da Rebio União

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