MMA dialoga com quebradeiras de coco

Mesa permanente deve beneficiar 300 mil mulheres do Maranhão, Piauí e Tocantins.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) instalou, nesta segunda-feira (07/12), mesa de diálogo permanente com as quebradeiras de coco babaçu, presentes em três Estados - Maranhão, Piauí e Tocantins. O grupo tem como objetivo efetuar a inclusão produtiva das 300 mil quebradeiras de coco e melhorar a qualidade de vida dessas mulheres, garantindo, em paralelo, a conservação do meio ambiente.

"A instalação dessa mesa de diálogo significa um novo momento na interlocução do MMA com os movimentos sociais, é uma grande evolução", destacou o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR), Carlos Guedes de Guedes. "O Ministério está empenhado nesse esforço de interlocução e qualificação do diálogo, principalmente com as populações que se envolvem com o extrativismo e com a boa gestão dos nossos recursos naturais".

PRIORIDADES

O MMA identificou quatro áreas prioritárias para a atuação com as quebradeiras de coco babaçu, considerando áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade, a Política de Garantia de Preço Mínimo para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio) e outras políticas de governo, além de ponderar a ausência de políticas em áreas que tem quebradeiras de coco, explicou a diretora do Departamento de extrativismo do MMA, Juliana Simões. "A partir de uma série de critérios, chegamos a um mapa com quatro áreas prioritárias para começarmos o trabalho", informou.

Para Guedes, o diálogo deve ser um processo onde as partes se identifiquem e as comunidades possam mostrar suas dificuldades. "É importante que as comunidades possam se manifestar e, sob seu ponto de vista, mostrar seus problemas, desafios e as possibilidades de soluções, e também os agentes de governo possam apresentar suas impressões e que soluções podem oferecer com inclusão produtiva, inclusão social e com uma agenda ambiental clara", afirmou.

A coordenadora geral do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, Francisca da Silva Nascimento, agradeceu a oportunidade desse diálogo com o Ministério do Meio Ambiente. "A gente ainda não tinha tido esse tipo de oportunidade de colocar as nossas dificuldades e anseios para o governo", disse. "A gente fica muito feliz porque sempre tivemos vontade de mostrar o que enfrentamos, mas a oportunidade era muito rara."

As próximas reuniões já estão programadas: as três primeiras serão mensais. Juliana Simões explicou que a partir da próxima reunião, os parceiros do governo, como o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) começam a trazer ações que contribuam para a inclusão produtiva das quebradeiras de coco e melhorem a qualidade de vida delas.

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