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Ministro reconhece importância do Pelotão

Brasil Norte-Boa Vista-RR
Autor: FRANCISCO ESPIRIDIÃO
20 de Fev de 2003

A presença do ministro da Defesa soou como uma garantia de manutenção do Município como unidade instituída em Roraima

O ministro José Viegas recebeu a comunidade de Uiramutã nas dependências do 6.o Pelotão de Fronteiras

O ministro da Defesa, embaixador José Viegas, disse ontem em Uiramutã, que está fazendo uma visita de rotina e de reconhecimento às unidades do Exército localizadas em áreas de fronteira na Amazônia. Hoje ele estará indo a São Gabriel da Cachoeira e depois a Tabatinga. Anteontem ele esteve em Manaus.
"Quero me solidarizar com este trabalho que as Forças Armadas realizam onde o nosso Brasil começa", disse o ministro, acrescentando: "Tenho muito orgulho de ver o que estou vendo. Acho que as Forças Armadas tem um papel extremamente construtivo nestes locais, sobretudo, trazendo a presença do Estado, presença organizadora, presença democrática, e especialmente presença de congregação entre os diversos segmentos da nossa população".

Nas entrelinhas, o ministro deixou transparecer que está satisfeito com a existência do 6.o Pelotão de Fronteiras em Uiramutã, o que põe por terra a idéia de membros do Ministério da Justiça e da Funai, quanto à iminente extinção daquela unidade militar, assim como do Município, para que a reserva Raposa-Serra do Sol se torne área única.
Falando com exclusividade ao Jornal Brasil Norte, o ministro disse: "Venho também perceber o relacionamento entre as nossas Forças Armadas e as comunidades indígenas locais, para ver que tudo se realize em harmonia".

"Tenho plena confiança na capacidade do nosso Exército, da nossa Força Aérea e também da nossa Marinha na Amazônia Ocidental, em trabalhar unidos com o nosso povo, dentro de uma harmonia interétnica e em defesa da nossa soberania. Tenho confiança que as nossas Forças Armadas saberão dar a devida cobertura e a devida proteção às áreas de preservação ambiental e às áreas indígenas".
Dando uma clara demonstração de acreditar na possibilidade de convivência pacífica dos integrantes do Exército com as comunidades indígenas, o ministro disse que vai procurar "trabalhar sempre pela harmonia entre os diversos componentes da população brasileira nessas áreas (de conflito)".

Indagado sobre a posição do secretário nacional de Direitos Humanos Nilmário Miranda, e do presidente da Funai Eduardo Aguiar, que saíram convencidos pelo CIR (Conselho Indígena de Roraima) de que a reserva Raposa-Serra do Sol deve ser área contínua, sem a mínima presença de brancos, Viegas declarou que não veio aqui "fomentar conflitos". "Eu vim buscar a paz e a harmonia. É importante para nós que haja uma boa interação entre a presença do Estado e os demais componentes da população. Entre os militares e a cidadania. Isto é o que eu vim buscar, é o que eu vim porpor e isto é o que eu quero conseguir" O ministro completou com um recado que quem puder entender, entenda: "Eu acho importante a presença do Estado através de suas Forças Armadas, sobretudo na região da fronteira, inclusive com a missão de ajudar na preservação do meio ambiente e na proteção das populações indígenas". Complementando, Viegas declarou que "o 6.o PEF é uma presença positiva para o Estado brasileiro em Uiramutã".

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