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Ministro propõe controle sobre a madeira

GM, Nacional, p. A4
23 de Fev de 2005

Ministro propõe controle sobre a madeira

Gisele Teixeira e Karla Correio, com Agência Brasil de Brasília

O ministro Jaques Wagner, chefe da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, propõe uma intervenção forte no segmento do setor moveleiro que compra madeira cortada de forma irregular na Amazônia, como forma de combater a ação ilegal de madeireiros nas regiões de conflito fundiário do Norte. Segundo ele, a madeira destina-se em geral a grandes centros produtores de móveis. "A ação que temos que desenvolver deve ser aplicada na origem e no destino", diz Wagner. Para o ministro, o assassinato da freira Dorothy Stang foi "uma retaliação à atuação do governo federal na região". Na avaliação do governo, segundo informa, tanto a morte de Stang como a dos outros membros da direção dos sindicatos, não são conseqüência de omissão.

Já estão em vigor sete das oito medidas ambientais (seis decretos, uma medida provisória e um projeto de lei) anunciadas quinta-feira passada pelo governo federal para conter conflitos agrários na região Norte e a exploração irregular em florestas. Para complementar a validação do pacote do governo, falta apenas o Congresso Nacional aprovar o projeto de lei que dispõe sobre a gestão de florestas públicas. O projeto, que vai estabelecer regras para uso sustentável das matas, foi encaminhado sexta-feira ao Legislativo.

Ontem, foram publicados no Diário Oficial da União mais dois decretos e uma medida provisória. Agora, as cinco unidades de preservação ambiental anunciadas estão sob proteção da União. São elas: a Estação Ecológica da Terra do Meio e o Parque Nacional da Serra do Pardo, ambos no Pará, localizados na região onde a missionária Dorothy Stang foi morta; a Reserva Extrativista do Riozinho da Liberdade, no Acre; a Floresta Nacional de Balata-Tufari, no Amazonas; e a Floresta Nacional de Anauá, em Roraima. A Floresta de Anauá foi validada ontem e as restantes, na sexta-feira, por meio de decretos. Também anunciado na semana passada, o decreto que interdita por seis meses a exploração em 8,2 milhões de hectares de terras públicas federais localizadas na margem esquerda da rodovia BR-163, foi validado. A área está disponível para conversão em unidade de conservação.

GM, 23/02/2005, Nacional, p. A4

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