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Ministra diz que ajudará resolver questão de terras

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
28 de Fev de 2003

A ministra do Meio Ambiente, senadora Marina Silva (PT), declarou que irá se empenhar no entendimento para resolver a questão fundiária de Roraima. A afirmação foi feita durante a audiência que concedeu ao deputado federal Frankembergen Galvão da Costa (PTB), no final da tarde de ontem.
O parlamentar disse que durante o encontro fez um relato sobre a questão fundiária no Estado, subsidiando a argumentação com mapas e gráficos que foram entregues à ministra. "A ministra disse estar disposta a trabalhar pelo consenso, mas foi clara em afirmar sua posição favorável a questão indígena", disse Galvão. Ele destacou também ser favorável ao bem-estar dos índios, desde que se chegue a uma solução pacífica que atenda aos interesses das partes interessadas na questão.
Conforme o deputado, a ministra demonstrou interesse na implantação de projetos que permitam a exploração turística das áreas ocupadas pelos índios, fato que poderia gerar recursos para o desenvolvimento das comunidades e do próprio Estado. Ela também apoiaria a produção primária, desde que sejam conservados os recursos naturais.
PREOCUPADO - O deputado disse que um dos motivos de ter acelerado sua audiência com Marina Silva foi a notícia publicada no Correio Braziliense (Pág.16/Ed. de 27/02/03), informando sobre a pressão que os índios fazem junto a organismos internacionais para demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol.
Ao longo da matéria, o jornal diz: "Esta não é primeira vez que os índios macuxi recorrem a Organização dos Estados Americanos (OEA) para tentar a demarcação de suas terras. Em setembro de 97, a OEA mandou uma comissão a Roraima. O relatório final dos representantes da instituição enfatizou a incapacidade do Brasil em defender os macuxi de invasões do seu território".
Para Frankembergen Galvão, o relatório da OEA é preocupante porque espalha a notícia sobre a suposta incapacidade do Brasil em cuidar de seus índios. Avalia que este trabalho no subconsciente das pessoas, inclusive brasileiras, as leva aceitar com naturalidade eventual intervenção internacional em defesa das comunidades indígenas. "A partir daí, pode-se até pensar na possibilidade de criação de um Estado Indígena independente".

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