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Ministério do Meio Ambiente propõe criação de curso de agroecologia para indígenas do MS

Radiobrás-Brasília-DF
Autor: Fernanda Muylaert
21 de Out de 2005

A ministra do Meio Ambiente Marina Silva apresentou nesta sexta-feira (21) ao Ministério da Educação a proposta de criação do curso de agroecologia, que é voltado para índios das comunidades terena e kadiwéu no Mato Grosso do Sul.

De acordo com a ministra Marina Silva, a proposta surgiu das próprias comunidades. Num período de três anos e meio, a previsão é que 40 agrônomos indígenas estejam formados e dêem assistência técnica à região.

"Esse projeto é resultado do esforço multisetorial que visa fazer com que comunidades indígenas possam contar com profissionais para o atendimento de suas demandas no processo produtivo identificado com suas raízes e culturas", afirma ela. O processo de seleção, explica a ministra, será feito somente entre os índios que já concluíram o segundo grau.

"Nós passamos por um primeiro grande momento histórico de reconhecimento dos direitos culturais e históricos dos índios no que diz respeito à terra e à educação diferenciada. Agora, ingressamos num momento que é o de dotar as comunidades de acesso à educação superior em que saberes indígenas também são considerados", avalia o secretário-substituto da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC - Ministério da Educação, André Luiz de Figueiredo Lázaro.

Nos próximos dias 3, 4 e 5 de novembro, o MEC enviará uma equipe técnica para Campo Grande (MS) com o objetivo de aprimorar e aprofundar a proposta pedagógica. O próximo passo será a formatação dos convênios. A expectativa é que o programa, orçado em R$ 2,5 milhões, comece a funcionar a partir do próximo ano.

O projeto, existente de forma semelhante em Roraima e no Acre, é resultado da ação conjunta dos ministérios da Educação, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário e da Justiça, além da Funai - Fundação Nacional do Índio e da Universidade Católica Dom Bosco.

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