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24 de Fev de 2010
O Ministério da Saúde elaborou um Caderno de Atenção Básica com o tema "Saúde da Criança, Nutrição Infantil - Aleitamento Materno e Alimentação Complementar" para ser distribuído em 2010 pelas Equipes de Saúde da Família, tomando como base duas Cartilhas sobre Aleitamento Materno voltadas à comunidade indígena. O material foi produzido pela Coordenação Regional da Funasa de Mato Grosso do Sul (Core/MS) em parceria com o governo do Estado.
O trabalho de divulgação das cartilhas nas 75 aldeias de Mato Grosso do Sul teve início em novembro de 2007, em Caarapó (região sul), aldeia Bananal, no município de Aquidauana, e na aldeia Alves de Barros, em Bodoquena. Após dois anos sendo utilizado como material de apoio e divulgação sobre os benefícios que o aleitamento proporciona à saúde das crianças, as cartilhas produzidas pela Core/MS ganham espaço em todo o país.
A idéia foi desenvolvida por técnicos da Core/MS, pela Secretaria de Estado de Saúde, além de contar com ajuda da população indígena e lideranças das aldeias para a concretização do Projeto, que foi elaborado em 2004.
"Todas as ações realizadas para composição da cartilha contaram com a participação de representantes da população indígena, facilitando a socialização do conteúdo tanto para a comunidade, quanto para a equipe técnica de saúde da Funasa", ressalta a coordenadora do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena de Mato Grosso do Sul, Sheila Gomes de Prado.
O trabalho de coleta dos dados, elaboração e seleção de ilustrações foi realizado por meio de várias oficinas de capacitação nas aldeias onde foram distribuídos nove mil exemplares. A tradução foi feita por professores indígenas das etnias Terena, Kadiwéu e Guarani/Kaiowá, impressos em parceria com o Governo do Estado. Durante a elaboração específica de cada linguagem, foi respeitada e resguardada a simplicidade dos desenhos, símbolos e principalmente a cultura indígena.
"O maior objetivo da confecção deste material além de incentivar o aleitamento materno até o segundo ano de vida do bebê, é o de aumentar a qualidade de vida das crianças e garantir a sobrevivência de centenas de indígenas, reduzindo com isso os índices de mortalidade infantil. O reconhecimento deste trabalho da Funasa e do Governo do Estado pelo Ministério da Saúde nos incentiva a implementar novas ações de apoio à saúde, com respaldo da comunidade indígena", destacou o coordenador regional, Flávio Britto Neto.
Publicado em 24/02/2010 às 11h01.
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