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Minc descarta proposta de Cassol para Bom Futuro

Terra Magazine - http://terramagazine.terra.com.br
Autor: Altino Machado
12 de Mai de 2009

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, descartou a proposta de trocar a Floresta Nacional do Bom Futuro pela Reserva Estadual do Rio Vermelho. A proposta tem sido defendida por pecuaristas e políticos de Rondônia, especialmente o governador Ivo Cassol (sem partido) e pelo deputado federal Ernandes Amorim (PTB-RO).

O ministro argumentou que a proposta não possui embasamento legal e não soluciona os problemas da degradação existentes na Flona.

- Precisamos colocar um fim ao desmatamento, reflorestar e recuperar o que foi arrasado. E isso só será possível com a União, o Estado de Rondônia e o município de Porto Velho assumindo suas responsabilidades.

Homens do Exército, da Força Nacional de Segurança e da fiscalização do Ibama estão reunidos em Porto Velho (RO) nesta segunda-feira em torno da megaoperação de desintrusão da Flona de Bom Futuro, que tem 250 mil hectares e 25% da área já foi alvo de desmatamento e degradação ambiental.

Apesar disso, em Brasília, uma nota do Ministério do Meio Ambiente afirmou que operação em Bom Futuro começará na próxima semana. Na sexta-feira, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) em Rondônia havia anunciado que a operação seria desencadeada a partir desta segunda-feira. A direção local do ICMbio em Rondônia confirmou o início da operação.

O objetivo da operação é combater o desmatamento e a ocupação irregular da unidade de conservação. O ministro disse que não haverá desocupação à força dos ocupantes da Flona do Bom Futuro.

- Ela será realizada de forma pacífica e negociada. Nenhuma casa, estabelecimento comercial, escola ou igreja será demolida - afirmou.

Em ofício enviado ao ministro, no último dia 28 de abril, o deputado Ernandes Amorim meincionou sobre "um iminente conflito que poderá ocorrer na Flona". Em ofício de resposta, Minc esclareceu que a operação de regularização que está sendo organizada é para restituir à União, a gestão da área e reduzir a zero o desmatamento ilegal.

O ocupantes da Flona serão cadastrados e haverá uma propostas para reformular as atividades econômicas em seu interior, com a elaboração de plano de manejo, reflorestamento, recuperação de áreas degradadas. Os proprietários de gado serão notificados e terão seis meses para retirar o rebanho, a começar pelos maiores proprietários, com mais de 300 cabeças.

- O diálogo com todos os moradores que vivem na floresta é fundamental e está sendo praticado.

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