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METÁSTASE: Aviões de empresas investigadas devem continuar sendo usados

Folha de Boa Vista
01 de Nov de 2007

A comissão interventora da Funasa, que permaneceu 24 horas em Boa Vista, concluiu que a fundação ainda terá que usar os aviões das empresas investigadas pela Operação Metástase, da Polícia Federal.

Josenir Gonçalves Nascimento, diretor executivo do órgão e encarregado de presidir as comissões que vão gerir a Coordenação Regional em Roraima e instalar uma ampla auditoria na unidade, já retornou a Brasília.

Ele participou de reuniões com a Polícia Federal e com os funcionários da Funasa para se inteirar da situação atual do órgão em Roraima e já tem algumas mudanças na situação da Funasa Roraima definidas.

"A minha vinda foi para dar continuidade ao trabalho da coordenação estadual. Você não pode deixar uma coordenação parar de funcionar em função dos acontecimentos. Os funcionários da Funasa são pessoas dignas e de bem, com vontade enorme de ajudar a população".

Os novos coordenadores da Funasa e técnicos que vão ocupar os cargos de confiança chegaram ontem vindos da Paraíba. Nascimento esteve reunido com o comando da Aeronáutica para solucionar o problema de remoção dos pacientes da área indígena.

"Nós estamos construindo um apoio com a Aeronáutica e as aeronaves das empresas que não foram apreendidas pela Polícia Federal deverão continuar sendo utilizadas. Os serviços não vão sofrer processo de descontinuidade. Roraima é o terceiro Estado em população indígena do país e essa população, além de numerosa, é de difícil remoção".

O diretor executivo explicou ainda que a Aeronáutica não poderá ajudar a Funasa nesse primeiro momento por questões burocráticas. "Esperamos solucionar isso o mais rapidamente possível".

Em relação à fiscalização das horas de vôos dessas aeronaves, o diretor executivo deixou claro que serão intensificadas as vistorias nas horas de vôos e em todos os trâmites licitatórios a serem realizados a partir de agora.

"Fiscalizar diante de uma situação dessas é bem mais fácil que fiscalizar em uma situação normal. Esses vôos serão controlados diretamente pela direção da Funasa em nível nacional. Temos auditorias, intervenção e não existe nenhum problema em continuidade do serviço", declarou.

Nascimento afirmou também que a Presidência da Funasa tinha desde 2005 conhecimento de problemas que ocorriam em Roraima e notificou o Ministério Público Federal para tomar as providências cabíveis.

"Há um ano nós identificamos parte do problema e encaminhamos ao Ministério Público porque, há de convir, que são poucas empresas que atuam na região e não temos muitas opções. É claro que em função dos problemas vamos tomar todas as providências para que a situação na Funasa volte à normalidade. A minha função continua em Brasília, com medidas como visitar o Comando da Aeronáutica Nacional, a Controladoria da União, em Brasília, e estou levando para que a Presidência da Funasa possa tomar providência", disse.

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