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Metade dos indígenas recebeu vacina

Folha de Boa Vista - www.folhabv.com.br
Autor: Vanessa Lima
19 de Mar de 2010

A estratégia nacional de vacinação dos povos indígenas contra a influenza A (H1N1) em Roraima, realizada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), já imunizou aproximadamente 50% do total de índios do Estado, que representam 20% da população. Todos os índios que tenham mais de seis meses de idade estão sendo vacinados.

Foram destinadas para o Estado 55 mil doses da vacina para imunizar 54 mil índios das dez etnias que vivem em Roraima e em três municípios do Amazonas, atendidos pela Funasa, além dos profissionais de saúde que atuam em área.

Os mil e quinhentos profissionais envolvidos na ação têm até meados do mês de maio para vacinar todos os indígenas, inclusive os faltosos e as duas etapas de aplicação da dose nas crianças indígenas maiores de seis meses.

Segundo explica a enfermeira coordenadora do programa de imunização do Distrito Yanomami, Jurema Monteiro, o esquema vacinal para a população indígena é diferenciado e obedece ao esquema da influenza sazonal (gripe comum). No caso das crianças de seis meses até dois anos, 11 meses e 29 dias, assim como nos não-indígenas, são duas doses de 0,25 ml. A partir dos três anos até oito anos, 11 meses e 29 dias são em duas doses de 0,5 ml com intervalo de 30 dias de uma dose para outra.

No Distrito Yanomami, dos 19 mil indígenas que estão aldeados na área que faz fronteira com a Venezuela e Amazonas, 45% da população já foram vacinados. Nas comunidades que ficam em áreas de difícil acesso, como é o caso do subpolo de Surucucu, as equipes começaram a se deslocar anteontem em helicóptero. A vacina já foi distribuída nos 37 polo-base da área.

No Distrito Leste, que abrange 13 municípios do Estado, 4.320 indígenas foram vacinados, o que corresponde a aproximadamente 4% dos 37 mil indivíduos que vivem na área. Dos 34 polos-base existentes no distrito, 18 estão sendo atendidos de 22 a 24 de março e 16 no período de 7 a 22 de maio receberão a dose.

A logística para execução da ação estratégica de vacinação das populações indígenas no Estado foi montada com equipes específicas. No Dsei Yanomami o transporte das equipes e das vacinas é por via aérea e pluvial e no Dsei Leste predomina a via terrestre e, em alguns lugares, aérea.

Por meio do sistema de acompanhamento da vacinação, chamado Vacinódromo, criado pelo Ministério da Saúde, os coordenadores de imunização de cada distrito registra o andamento da aplicação das doses nos indígenas. O acompanhamento é quase que real.

TRABALHADORES - Os profissionais de saúde em área estão sendo vacinados nos próprios distritos. Na Funasa foi montada ainda uma estrutura para oferecer a dose aos funcionários de saúde. Os indígenas que não vivem em área também estão sendo vacinados no local, pois a capital não tem doses suficientes para atender toda a população e os indígenas.

PREFEITURA - O Centro Municipal de Imunização informou que a vacinação dos indígenas aldeados é de responsabilidade da Funasa e isso inclui também a população que vive nas comunidades indígenas da capital.

A partir do momento em que o indígena deixa de ser aldeado, o seu organismo já entrou em contato com todos os microorganismos que são comuns à população não-índia e por isso, não se enquadram mais no grupo considerado como vulnerável à doença. Portanto, as pessoas de origem indígena que vivem na capital serão vacinadas caso se enquadrem nos grupos considerados prioritários.

A partir de segunda-feira, 22, a prefeitura inicia a imunização das gestantes. As doses estarão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde, e o atendimento a este público segue até o dia 21 de maio.

Também na próxima segunda, inicia o prazo de vacinação para as pessoas com doenças crônicas e as crianças com idade a partir dos 6 meses e menores de 2 anos. As vacinas para este público estarão disponíveis até o dia 2 de abril.

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