Agrodebate - http://www.agrodebate.com.br
Autor: Anderson Viegas
12 de Ago de 2013
Uma mesa redonda que está sendo realizada durante toda está segunda-feira (12) no plenarinho da Assembleia Legislativa de Campo Grande se propõe a discutir o futuro das comunidades indígenas do Estado após concluídos os processos demarcatórios de novas reservas ou de ampliação das áreas já existentes.
O evento é um desdobramento do 4o Seminário Internacional Açúcar Ético, promovido em novembro do ano passado em Dourados e está sendo promovido pelas organizações não-governamentais Açúcar Ético, da França, e Instituto de Meio Ambiente e Desenvolvimento (IMAD), que tem sede em Mato Grosso do Sul.
O presidente da Açúcar Ético, Olivier Geneviéve, explicou que com a questão das disputas fundiárias envolvendo indígenas e produtores rurais no Estado caminhando para uma solução, com a União utilizando Títulos da Dívida Agrária (TDAs) para comprar áreas reivindicadas pelos índios, a discussão que surge é o que vai ocorrer após a conclusão desse processo.
"Os indígenas vão receber a terra e o que vai acontecer com eles depois. Temos que buscar alternativas sustentáveis para que eles consigam sobreviver de forma digna nessas áreas, para que não fiquem dependentes de uma cesta básica do governo", explicou.
Justamente por suas atividades estarem próximas a essas comunidades e por poderem contribuir com propostas para auxiliar nesse processo de desenvolvimento sustentável, Geneviéve diz que foram convidados a participar das discussões representantes de entidades ligadas ao agronegócio, como a Associação dos Produtores de Bionergia (Biosul) e a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul).
O coordenador da Comissão de Agroenergia da Famasul, Luiz Alberto Moraes Novaes (Mandi), ressaltou que uma das principais ações em meio a esse processo é o da reconstrução da convivência pacífica entre indígenas e produtores rurais. "O setor produtivo pode contribuir muito para melhorar a qualidade de vida dessas comunidades. Com a sinergia e a soma de esforços para caminhar da melhor forma nesse sentido", comentou.
A chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial da Regional de Ponta Porã da Fundação Nacional do Índio (Funai), Juliana Vieira, disse que o grande objetivo é que essas comunidades indígenas tenham acesso as mesmas políticas públicas que têm as populações que vivem nas regiões urbanas e rurais do País.
Já o presidente da Biosul, Roberto Hollanda, diz que o setor está aberto a discussão e disposto a participar de projetos na área de sustentabilidade que envolvam as comunidades indígenas. Ele lembrou ainda que o segmento é comprometido com a sustentabilidade e implementa mais de 30 projetos sociais e ambientais em Mato Grosso do Sul.
Por sua vez, o deputado estadual Laerte Tetila, que propôs a realizado do evento na Assembleia Legislativa, revelou que espera que a mesa redonda contribua com propostas que possam efetivamente auxiliar a melhorar a qualidade de vida das populações indígenas do Estado.
http://www.agrodebate.com.br/_conteudo/2013/08/noticias/9946-mesa-redon…
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.