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Meninos, eu vi jorrar sangue, suor e lágrimas nos eucaliptais!

Seculodiário.com
Autor: Flávia Bernardes
03 de Set de 2007

Aos meus 27 anos, posso dizer que vi e presenciei uma luta intensa, corajosa e íntegra, movida por cerca de 2.500 Tupinikim e Guarani, que vivem no norte do Estado do Espírito Santo, contra a poderosa transnacional Aracruz Celulose. Uma luta para poucos! Aliás, poucos "não índios" agüentariam tanto desrespeito, tanta violência, sem uma reação violenta. Outro dia, alguém me lembrou que os guaranis, por exemplo, não lutam por posses e sim pela tradição, o respeito à natureza e os sinais que ela dá para conduzir este povo. Pensei então nos Tupinikim, que pouco possuem ainda de sua cultura. Lembrei-me do desejo deles de resgatar tudo isso, da paixão com que eles se lembram dos avós, das tradições, dos rituais. Nessa luta, eu vi e conheci guerreiros com os mesmos objetivos. Assisti ao nascimento de lideranças, masculinas e femininas. Me emocionei com a força das mulheres e dos homens mais velhos, que ao invés de desistir, devido ao cansaço da idade, se tornaram o combustível de uma geração jovem e vigorosa. Eles queriam sua vida de volta. E conseguiram!

Me lembro bem quando comecei a cobrir este assunto. Eles não haviam recomeçado a luta, ainda. Reclamavam da situação e a todo o momento, inquietos, buscavam uma forma de se libertar da Aracruz Celulose. Havia um acordo entre as partes: eles recebiam uma determinada quantia, retiravam madeira, e em troca a empresa continuava explorando sua terra e mão-de-obra, sem ninguém reclamar.

A situação era desgastante. Os índios já não suportavam mais assistir passivamente à destruição da região e à desunião das comunidades geradas por esta situação.

No dia 19 de abril de 2005, Dia do Índio, vi este sentimento se intensificar e, em pouco tempo, as articulações em prol da retomada das terras tomar corpo. Temendo, quem sabe, uma reação negativa da sociedade em geral, eles não cansavam de repetir: "Nós marcamos uma reunião, eles não foram. Depois tentamos de novo, e tudo se repetiu. Aí mandamos fulano de tal, e eles não nos receberam", mostrando a falta de diálogo e de alternativas naquela situação.

Para eles, era importante que a sociedade conhecesse a realidade destas comunidades. Na aldeia, a situação era de miséria e de desalento em grande parte da comunidade. E foi justamente nesta situação que vi surgir os guerreiros e guerreiras indígenas. Unidos, os caciques das sete aldeias (na época), Jaguaretê (Caieiras Velha), Werá Djekué (Três Palmeiras), Nilson Pinto Joaquim (Irajá), Peru (Piraquê-Açu), Werá Kwaray (Boa Esperança), Valter Almedida (Pau Brasil) e João Mateus (Comboios) se organizaram e mobilizaram a comunidade. Eles queriam os 11.009 hectares reconhecidos como terras indígenas, tal como fora reconhecido em 1997, mas ignorado pelo então ministro da Justiça, Iris Resende, que permitiu o uso das terras pela Aracruz.

Na madrugada do dia 17 de maio de 2005 eles iniciaram a "Retomada de um Sonho" com a autodemarcação das terras. Caminhei junto aos Tupinikim e Guarani entre os eucaliptos durante quatro dias. Ia e voltava para o jornal todos os dias e me lembro de tudo como se fosse hoje. Eles caminhavam, cantavam: "O índio lutou, o índio sofreu, entrou na guerra mas o índio não morreu". Tudo ao ritmo do congo. Satisfeitos, aos poucos eles foram talhando o caminho que demarcaria, posteriormente, os 11.009 hectares de terras indígenas ocupadas pela transnacional durante quase 40 anos.

Caminhando e cantando

Era iminente a possibilidade de uma reação da empresa. Os guerreiros indígenas acompanharam toda a ação. Eram crianças, jovens, adultos, idosas e idosos, que durante quatro dias caminharam e sonharam juntos. Iara Tupã me emocionou diversas vezes. Como repórter, me contive em todos os momentos e não perdi nem um segundo de seus depoimentos. Sua força e determinação foram coisas que me chamaram a atenção durante todo o tempo em que acompanhei o conflito. Houve um dia em que mandaram as mulheres para casa porque havia a informação de que a Polícia Federal iria agir. Iara, junto com outras mulheres, se recusaram a ir embora. Permaneceram no local, e felizmente não houve um conflito.

Me lembro bem também de ter caminhado, a calça dobrada até o joelho, no meio dos eucaliptais com o som da voz dela ao fundo. Cheguei a me perder por algum tempo entre os eucaliptais. Caminhávamos eu, uma colega jornalista que também cobria o fato e algumas índias que nos ajudaram e nos orientaram entre os eucaliptais. Ao longe, mesmo perdidas entre as trilhas dos eucaliptais idênticos, dava pra se ouvir o canto e os gritos dos índios continuando com a luta. Dona Helena, nos seus 55 anos, também estave lá.

Na liderança estavam os caciques, logo depois as lideranças e depois todos os outros. Toda a comunidade unida. Algumas lideranças chamaram a minha atenção. Werá Kwaray, por sua sensibilidade política e intensa ligação com a natureza, e Werá Djekué, por sua serenidade. Jaguaretê também, assim como seu irmão Vilmar de Oliveira, ambos com um discurso afiado sobre seus objetivos. Me lembro do Vilmar em um dos dias da autodermarcação: ele subiu em um caminhão e fez um discurso e tanto, enquanto a Funai tentava parar a retomada temendo um conflito.

Pintados com as cores da luta

Havia também os guerreiros que bravamente defendiam a terra vestidos e pintados conforme sua cultura, segurando arcos e lanças. Com eles, assim como com os caciques e lideranças, eu buscava informações sobre as atualidades, os planos, as intenções, as formas de luta, os próximos passos, as movimentações da Visel (milícia armada da Aracruz Celulose), que muitas vezes ameaçavam a luta e os índios.

Ao tentar resgatar o que havia ali antes daqueles eucaliptos, eu buscava o velho Cizenando. "Seu Cizenando", como eu o chamava, ele sempre andando apoiado numa espécie de bengala durante a reconstrução das aldeias. Cizenando me mostrou onde ficavam as aldeias, onde brincavam as crianças, onde buscavam água. Emocionou-se, caminhou mais um pouco à frente, e me contou rapidamente, a voz bem baixinha, como tudo aquilo era importante para aquele povo. Ele é pai do atual cacique de Caieiras Velha, também chamado Cizenando.

O jovem Cizenando foi eleito pela comunidade quando a retomada já estava em andamento. Para muitos, ele representava fragilidade na luta, já que em alguns momentos se mostrara propenso a fazer algum acordo com a empresa. Entretanto, a história foi outra. Tanto o ex-cacique Jaguaretê quanto Cizenando foram superiores e souberam lidar com as adversidades. Lidar com uma transnacional e ainda com as necessidades de toda uma comunidade não é fácil, e os dois souberam lidar bem com isso. A retomada de suas terras falou muito mais alto.

Caciques articulados

Além de Cizenando, outros caciques tomaram posse nas aldeias do norte do Estado. Juntos, todos continuam na luta. Eles se articulam agora para a assembléia geral que será realizada no próximo dia 8 e que vai discutir o Termo de Ajuste de Compromisso (TAC), documento definidor sobre quando e como a Aracruz Celulose irá retirar os eucaliptos da terra. O TAC será firmado entre o Ministério da Justiça, a transnacional e os índios.

Hoje, estou convencida de que os índios sabem lidar melhor com a mudança de liderança do que nós, os chamados brancos. Além das mudanças, os índios enfrentaram também dificuldades ocorridas depois da quebra do acordo com a transnacional. Eucalipto não se come, nos rios há escassez de peixes, e desta forma a comunidade cobrava uma iniciativa dos caciques. Foi difícil para as lideranças contornar a cobrança de uma comunidade desassistida e transformar tudo isso em força pra lutar.

Nessa hora, é impossível não lembrar de Paulo Tupinikim, Werá Djekué, Peru, Vilmar de Oliveira, Jonas e tantos outros combatentes da causa indígena, pessoas que incontestavelmente entraram nesta luta de forma direta ou indireta. Os quilombolas, trabalhadores sem-terra, pequenos agricultores, ativistas de diversas temáticas, professores, estudantes, cientistas, organizações não governamentais e diversos profissionais, que a meu ver, assim como os índios, buscaram resgatar o contato com a terra da forma mais coletiva possível.

O procurador da República André Pimentel, que bravamente fez cumprir a Constituição, com desprendimento e estrita obediência à ética, também não será esquecido pelos índios. Do poder público, esse foi um dos poucos que abriram as portas de seus gabinetes para ouvir os índios, sem conceitos pré-estabelecidos pela empresa. São tantos! Não conseguirei lembrar de todos os nomes, mas me sinto na obrigação de citar os funcionários do posto da Funai (levados pela PF em janeiro de 2006 para a casa de Hóspedes da Aracruz Celulose), corajosos servidores que denunciaram os abusos da empresa.

Méritos na vitória

Os índios mereciam esta vitória há anos. São merecedores porque foram verdadeiros, como comprovam os 12 anos de estudo da Fundação Nacional do Índio (Funai), e porque souberam enfrentar e contornar as dificuldades internas e as adversidades externas provocadas e incitadas pela Aracruz Celulose. Nem a coroa da Suécia resistiu à impunidade da empresa e determinou que os investidores suecos se desfizessem das ações que dela possuíam.

Assim como sofrem inúmeros índios País afora, estes índios do norte capixaba assistiram sua terra ser destruída, foram desrespeitados, subestimados pela própria Justiça, que chegou inclusive a aconselhar que fosse feito um acordo, ou mesmo que tivessem suas terras devolvidas nas condições de serem registradas como "terras doadas pela Aracruz Celulose", negando assim sua tradicionalidade e dando razão aos devaneios da Aracruz Celulose.

Mereciam sua terra recuperada e seus peixes de volta, mas, ao invés disso, abriram mão das benfeitorias em nome da terra, de uma vez por todas. Apesar da destruição causada pela empresa na área, é dela o cálculo de US$ 300 milhões a título de indenização por ter que deixar a área.

Durante os quatro dias da autodemarcação das terras indígenas, não vi nenhum animal entre aquelas árvores, a não ser cobras, cupins e, com muita sorte, algumas borboletas. Entre os eucaliptos, cheguei a encontrar pequenos fragmentos de mata, provavelmente é de lá que eles ainda encontram os tatus que enfeitam seus colares e alimentam a comunidade. Sem os eucaliptos, a esperança é reflorestar a área.

Além da destruição de suas terras, os índios foram literalmente discriminados e vítimas de inúmeras promessas. Há alguns dias, assisti a revolta de uma mulher porque o médico a chamou de negrinha atrevida, ou safada, já não me lembro mais. O fato virou caso de polícia, e o médico, com sua cara estampada nas TVs, foi punido.

Ofendidos e injustiçados

Com os índios, muita água rolou até que o Ministério Público Federal conseguisse pôr um freio aos devaneios da Aracruz Celulose. A empresa distribuiu cartilhas nas escolas do município de Aracruz chamando os índios de "supostos índios". A cartilha contava uma verdadeira fábula sobre o conflito entre os índios e a empresa. Cartazes também foram espalhados pela cidade por sindicatos e mobilizações entre as comunidades foram constantemente usados como forma de incitar a sociedade contra os índios na região.

E a reintegração de posse ocorrida em janeiro de 2006? Esta me surpreendeu não pela crueldade da empresa, mas pela omissão do governo. Depois de autodemarcar as terras, e construir duas aldeias (Olho D´àgua e Córrego D´ouro), a Justiça concedeu a reintegração de posse à empresa. Nesta época, havia um comprometimento com o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos para que a Aracruz Celulose nada fizesse sem consultar a Funai e o ministério.

Ainda assim, a aldeia foi invadida por um verdadeiro exército, capacitado e friamente monopolizado. Tanto a Funai quanto o ministério só ficaram sabendo da ação quando ela já estava sendo posta em prática. Me lembro que, quando cheguei à região e ainda me dirigia até o local guiada por um jovem índio, vi uma senhora saindo do meio dos eucaliptais: era a mãe de um dos caciques. Assustada, ela me alertou sobre a situação. Disse que correu "entre a mata", que a situação era grave e que um de seus filhos já se encontrava ferido. "Eles chegaram com tudo, não tivemos como conversar ou correr, tem muita gente ferida. Tem gente perdida na mata. Estamos muito assustados. Por favor, vamos lá, quero saber onde está meu filho", implorava ela.

Além de um paredão de policiais de preto, com escudos e armas de grosso calibre municiadas com balas de borracha, um helicóptero me recepcionou. Ele se aproximou do solo com agressividade e um policial apontou a arma na minha direção e de dois repórteres que estavam no local. Ordenavam nosso afastamento de uma forma extremamente agressiva. Me perguntei várias vezes como estariam os índios.

No local, havia fogo, fumaça, e nenhum sinal dos índios. Dois índios foram mantidos presos na Casa de Hóspedes da Aracruz Celulose. Além deles, mais 13 índios ficaram feridos. A cena era de guerra e o sentimento da comunidade, de desespero.

Depois disso, esperei dias que o governo do Estado se pronunciasse. Mas isso nunca aconteceu. Era como se nada tivesse acontecido. O governador do Estado, Paulo Hartung, ignorou a ação, assim como todos os atos ilegais cometidos. Apesar disso, o fato foi noticiado em diversas partes do País e denunciado pela Comissão Estadual de Direitos Humanos. O abuso foi reconhecido pela Comissão Interamericana da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Aqui, a Aracruz Celulose não foi repreendida. Lá fora, o Tribunal dos Povos, reunido em Viena, na Áustria, reconheceu a apropriação de terras pela transnacional e a coroa da Suécia pediu aos seus investidores que se desfizessem de suas ações da empresa.

Ao todo, foram 13 índios feridos. Além destes, sofreu com a ação toda a comunidade indígena: a esposa do cacique Jaguaretê foi obrigada a fugir, grávida de seis meses, depois que uma arma foi apontada em sua direção; a mãe do mesmo cacique, que tivera seus dois filhos, Jaguaretê e Vilmar de Oliveira, feridos na ação; o cacique Werá Kwaray, que com toda a sua habilidade política ficou estarrecido com a violência, entre as dezenas de pessoas submetidas à agressão, direta ou indiretamente.

Em cena, os maus políticos

Entre as inúmeras adversidades, os índios também tiveram que suportar as acusações de políticos financiados pela transnacional, como o deputado Robson Vaillant (PR), que os chamou de baderneiros e, textualmente, disse: "Quando uma pessoa faz bagunça é chamada de índio". Eu nunca ouvira minha mãe me chamando de índia por causa das minhas bagunças, e pela breve enquete realizada no momento da declaração com as pessoas que estavam na sala ninguém jamais ouvira falar nesta expressão.

Enfrentaram ainda manchetes que pareciam encomendadas sobre o conflito; julgamentos precoces; a força da bancada federal capixaba em Brasília posta a serviço da Aracruz. O poder da empresa sobre alguns poderes no Estado sempre foi explícito, apesar de nunca ressaltado por grande parte da mídia. A resistência contra os índios vinha de todos os lados, e até a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) a empresa tentou cooptar através de um convênio exaustivamente denunciado por professores da instituição.

Do outro lado, os índios podiam contar com pessoas que abertamente lhes oferecia apoio. Todos lutaram bravamente para reconstruir as aldeias e também foram vítimas da empresa. Muitos foram processados, assim como este Século Diário. E mais o pastor Emil Schubert, os integrantes da Brigada Indígena, da Rede Alerta Contra o Deserto Verde e todos aqueles que de alguma forma acompanharam o conflito.

Apesar da quebra do acordo com a empresa no dia da autodemarcação, os índios puderam contar com a solidariedade e a força dos que os ajudaram. Alimentos, roupas, conversas, tudo ajudava a comunidade naquela situação. Quem podia acompanhava de perto; quem não podia, se mobilizava de fora, panfletava, fazia protestos e tentava alertar a sociedade sobre o conflito instalado.

Mas a luta é e sempre foi dos índios. E assim foi conduzida até hoje. Suas opiniões e determinações angariaram os apoios e deram força para todos continuarem lutando, mesmo com a pressão da transnacional. Assim como os integrantes indiretos desta luta, os índios foram pressionados, perseguidos, intimidados. Eu vivi isso. Tive o carro seguido, fotografado, recebi e-mails revoltados, me senti ameaçada só por retratar a realidade desta comunidade. Imaginem o que eles viveram!

Definitivamente, o ministro Tarso Genro não se precipitou ao devolver a terra aos seus donos, assim como eu não me precipitei ao contar a pequena parte desta luta que assisti de perto. Ao todo, são mais de 40 anos de resistência. Eles mereceram a vitória!

Depoimentos:

IRINY LOPES - DEPUTADA FEDERAL (PT):

"Eu acho que essa vitória dos índios abre um período novo onde hája respeito às comunidades tradicionais com e participação das instituições. É a confirmação de que não devemos nunca desistir de nossas lutas. Afinal, foram quarenta anos de luta destas comunidades."

EMIL SCHUBERT - PASTOR LUTERANO:

"Para nós, essa portaria é uma vitória para o povo Tupinikim e Guarani e um resultado esperado pela persistência da luta destes dois povos. Parabéns a todos que estiveram ao lado dessa luta e não contra, como a grande maioria dos nossos governantes, que se colocaram ao lado das grandes empresas."

ISAIAS SANTANA - PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS:

"A portaria foi o resultado de uma luta árdua e histórica das comunidades indígenas que conseguiram enfrentar as adversidades. Eles passaram por um momento difícil, de um acordo desfavorável às comunidades, com anuência do poder público. Eles conseguiram reverter um processo que parecia irreversível. O valor dessa conquista é enorme. Eles arriscaram a própria vida nesta luta. A vitória deles é um importante resgate dos valores destas comunidades e fortalece o movimento social. Queria elogiar a iniciativa do ministro Tarso Genro, que reconheceu o trabalho antropológico feito na região."

LUIZ CLÁUDIO RIBEIRO - PROFESSOR DE HISTÓRIA DA UFES:

"A portaria representa a derrota de uma estratégia de negação aos sujeitos históricos que são as minorias Étnico-raciais que existem no Espírito Santo. A portaria é a afirmação dos Direitos reconhecidos pela Constituição. Não é possível falar em desenvolvimento sem reconhecer os direitos dos diferentes. Os índios são diferentes e têm direitos próprios. A portaria é o início de um processo que mostra que a luta e a organização são um elemento importante da política."

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