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Mêbêngokre, Tapajúna e Panará lançam Atlas geográfico e cultural

Funai
10 de Mai de 2007

O Plano Nacional de Educação (PNE) de 2001, traz como uma das metas "a produção e publicação de materiais didáticos e pedagógicos específicos, elaborados por professores indígenas e seus assessores". Nesse sentido, foi realizada entre 30 de abril e 07 de maio, no Sítio Alegria em Brazlândia/DF, a oficina para revisão de conteúdo do atlas geográfico e cultural produzido pelos professores indígenas dos povos Mêbêngokre, Tapajúna e Panará, com o apoio e assessoria da Coordenação Geral de Educação(CGE) da Funai e patrocínio da Petrobrás.

A idéia de construção do atlas surgiu durante as aulas do Curso de Formação de Professores Mêbêngokre, na disciplina de geografia e meio ambiente. A construção do projeto contou com a participação ativa dos indígenas, não só dos professores, como das lideranças, dos idosos e da juventude das aldeias.

Para a socióloga Maria Eliza Leite, a elaboração do estudo favoreceu os professores indígenas para o exercício da técnica de tradução dos textos e depoimentos para o português e para o idioma próprio dos povos. Segundo ela, também aumentou os conhecimentos dos povos sobre a história da luta pelas demarcações junto aos mais antigos das aldeias. O professor Kremoro Metuktire, da etnia Metuktire, destacou que esse atlas servirá para o futuro, para os jovens não esquecerem os lugares onde os avós e bisavós moravam, as roças e os antigos caminhos. "Nós estamos fazendo este material para o futuro por que os brancos estão desmatando e vamos mostrar os nossos limites. Tudo isso a gente pensou para fazer este atlas para todos os brasileiros", afirma.

O lançamento do material didático está marcado para o próximo mês de julho. A tiragem será financiada pela Petrobrás em convênio com a Associação IPRÊRE, associação indígena que levou o projeto do atlas para o Ministério da Cultura. Será impresso nas línguas dos três povos e em português. O gestor de projetos culturais da Petrobrás Luis Carlos Nascimento, que também visitou a oficina, salientou a intenção do programa cultural da empresa em dar visibilidade às culturas indígena, inclusive, as que estão em vias de desaparecimento.

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