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18 de Nov de 2024
Marina Silva: Esforço é por uma declaração do G20 comprometida com financiamento climático
18/11/2024
A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, afirmou que países com visão negacionista precisam compreender que não há como impor barreiras ideológicas na pauta de meio ambiente. Segundo Marina, o Brasil está liderando um esforço para que a declaração final de líderes do G20, que se reúnem no Rio a partir desta segunda (18), esteja comprometida com o financiamento climático.
"Está sendo feito um esforço muito grande pelo Brasil e os países que estão colaborando em sairmos daqui com uma declaração que esteja à altura do enfrentamento da mudança do clima. O esforço é de fazer uma declaração que esteja comprometida com financiamento para a implementação das ações, o enfrentamento da mudança do clima, o pagamento por serviços ecossistêmicos e uma forte agenda entre finanças, clima e a dinâmica do desenvolvimento sustentável para um novo ciclo de prosperidade", afirmou a jornalistas em evento do consulado norueguês no Rio, domingo à noite
.Questionada se as pressões da delegação argentina comandada pelo ultraliberal Javier Milei podem prejudicar as ambições brasileiras na presidência do grupo de 19 países mais União Europeia e Africana, no tema de transição energética e combate às mudanças climáticas, Marina afirmou que não há como fazer barreiras ideológicas em relação ao clima.
"E aqui está sendo feito um esforço para que haja uma compreensão por parte de países que mesmo tendo uma visão política e ideológica diferente que em relação ao clima e à saúde não há como fazer barreiras ideológicas. Os países que têm uma visão negacionista do problema da mudança do clima, se persistirem com essas agendas, estarão causando um grande prejuízo à humanidade e, principalmente, às suas sociedades, e um prejuízo político para eles", disse.
Para a ministra, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, não representa o fim dos compromissos assumidos por Washington na administração Joe Biden, como o recente anúncio de um financiamento de US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia.
"Compromissos de Estado são compromissos de Estado. Um governo só termina na hora em que o outro toma posse", disse.
Marina reconheceu que a possível ausência dos Estados Unidos em fóruns de debates e acordos importantes sobre o clima nos próximos anos é um prejuízo muito grande, mas ressaltou que "não é o fim do mundo".
"Os EUA são o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo e o país com maior volume de recursos e base tecnológica, então é um prejuízo enorme. Mas não vamos esquecer que os EUA não estavam no Protocolo de Kyoto e que a entrada deles no Acordo de Paris foi um processo bem posterior aos demais, e a agenda climática andou", observou.
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