VOLTAR

Marina acusa governo de incoerência por corte de verba do Meio Ambiente

O Globo, O País, p. 4
29 de Jan de 2009

Marina acusa governo de incoerência por corte de verba do Meio Ambiente
Ativistas presentes no Fórum Social Mundial chamam medida de 'escandalosa'

Soraya Aggege e Maiá Menezes Enviadas especiais

A notícia do corte preventivo de 79% no orçamento do Ministério do Meio Ambiente teve forte repercussão no Fórum Social Mundial, que ontem centralizou os debates em torno da Amazônia e do aquecimento global. A senadora e ex-ministra Marina Silva (PT-AC), que tem evitado críticas ao governo, se mostrou indignada. Disse que a medida é incoerente e contraditória. A cúpula petista, concentrada no Fórum, evitou declarações formais, mas, nos bastidores, líderes se diziam constrangidos com a medida, que arrancou críticas de ativistas.
- Trata-se de uma incoerência com o nosso projeto. O orçamento do Meio Ambiente já é muito pequeno. Além disso, há uma falsa idéia de se cortar custeios do ministério, mas, nesse caso, as verbas são para a fiscalização do Ibama e para unidades de conservação criadas pelo próprio presidente Lula. O que faremos? Vista grossa?- disse Marina.
Marina frisou que um dos focos do FSM é o debate sobre formas de resolver a crise diante dos problemas ambientais:
- É exatamente essa a equação colocada por todo o mundo: resolver a crise econômica sem acentuar a ambiental.
Para a ONG Greenpeace, o corte é escandaloso:
- Temos um governo que não tem demonstrado afinidade com o meio ambiente. Não ficamos surpreendidos, mas consideramos escandaloso. O grande problema da Amazônia é a ausência do Estado. Já está ruim.
Vai ficar pior - disse Paulo Adário, que coordena o Greenpeace na Amazônia.
- O Brasil está perdendo a chance de se tornar uma liderança mundial no desenvolvimento sustentável - disse o ex-assessor especial do presidente Lula, Oded Grajew.

O Globo, 29/01/2009, O País, p. 4

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.