O Globo, Ciência, p. 31
05 de Abr de 2007
Maravilhas impossíveis numa Terra aquecida
Estudo lista dez lugares e animais que podem desaparecer se planeta continuar a esquentar
Carlos Albuquerque
Um relatório do grupo ambientalista WWF aponta dez maravilhas da natureza ameaçadas de destruição por causa do aumento global da temperatura.
Entre elas, estão a Floresta Amazônica, a Grande Barreira de Coral da Austrália e as geleiras do Himalaia. O relatório inclui também animais como o tigre de Bengala, as tartarugas do Caribe e o salmão selvagem do Alasca.
As outras são o deserto de Chihuahua (entre EUA e México), as florestas de Valdivia (Chile e Argentina), o Rio Yangtsé (China) e as matas costeiras e a vida marinha do leste da África.
- Da China à Amazônia, são vários os ecossistemas em risco devido ao aquecimento global - diz Lara Hansen, cientistachefe do Programa Global de Mudanças Climáticas do WWF. - A adaptação pode salvar alguns, mas outros só podem escapar se os governos tomarem medidas drásticas de redução das emissões.
Considerado o deserto com maior diversidade biológica do planeta, o Chihuahua já enfrenta o agravamento da seca.
A redução das chuvas também é uma ameaça para a Amazônia, segundo o WWF. A organização destaca o possível fim das florestas de Valdivia, cujas árvores chegam a 3 mil anos de idade e dependem da água das geleiras dos Andes para sobreviver.
Outra região em risco é o Himalaia. As montanhas abrigam a maior concentração de geleiras fora da região polar.
Vem de lá a água que abastece milhões de pessoas em Nepal, China e Índia. Porém, a neve do Himalaia está desaparecendo em uma velocidade preocupante, o que já afeta esse abastecimento. A agricultura e o fornecimento de energia desses países já estão afetados.
Fenômeno parecido ameaça o Rio Yangtsé, na China. Terceiro mais extenso do mundo, ele fornece água, alimentos e energia para mais de 450 milhões de pessoas. Geleiras localizadas na nascente do rio estão diminuindo, o que deve alterar o fluxo de suas águas.
Mudanças climáticas também já estão afetando os períodos de secas e enchentes.
O Globo, 05/04/2007, Ciência, p. 31
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