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Máquinas só servem para blumenauense, diz xokleng

Diário Catarinense-Florianópolis-SC
08 de Mar de 2005

Os índios xokleng representantes de sete aldeias da Reserva Indígena Duque de Caxias prometem não parar com a depredação do maquinário da Barragem Norte, a mais importante do sistema de contenção de cheias do Vale do Itajaí. Eles dizem que querem destruir a estrutura gigantesca criada para aliviar os estragos causados pelas cheias na região.

Alguns indígenas mostraram como estão derramando o óleo de uma das máquinas da barragem e ameaçaram atear fogo na substância química.

- Esses equipamentos não servem para nós, índios. Só servem para os blumenauenses - desafiou a vice-presidente do Conselho Nacional da Mulher Indígena, Cullung Léia, da Aldeia Figueira.

Não há provas para inquérito, diz PF

A opinião da líder indígena é compartilhada por outras lideranças. Para eles, depois que a reserva foi construída, acabaram-se as cheias em Blumenau e começaram os afogamentos de índios. A última morte de um indígena por afogamento teria ocorrido há 26 dias.

A Polícia Federal (PF) informou, ontem, que ainda não conta com provas suficientes para abrir um inquérito contra os indígenas.

- Estamos buscando informações dos fatos, entender a situação e ver se é preciso uma intervenção da PF - disse o delegado federal de Itajaí, Thiago Giavarotti.

Ele explicou que é de competência da Polícia Federal averiguar crimes contra indígenas. Já os crimes praticados por índios, continuou Giavarotti, podem ser investigados pelas polícias estaduais.

- O índio não goza de privilégios e responde criminalmente pelos seus atos como qualquer outro cidadão - explicou o delegado da PF.

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